Eleições 2018: após críticas de ACM Neto, Herzem aciona metralhadora e desiste de apoiar Zé Ronaldo

Foto: BLOG DO ANDERSON

Em conversa com o BLOG DO ANDERSON no último final de semana, o prefeito Herzem Gusmão Pereira demonstrou otimismo com a pré-candidatura do ex-prefeito José Ronaldo de Carvalho ao Governo do Estado nestas Eleições 2018. De acordo com Herzem, Zé Ronaldo contaria com um forte cabo eleitoral, o prefeito Antônio Carlos Peixoto de Magalhães, o ACM Neto, porém nesta quarta-feira (11) a contexto mudou bruscamente. Numa entrevista publicada no site Bahia Notícias, Gusmão Pereira fez duras críticas a ACM Neto por ter rejeitado aliança com o Movimento Democrático Brasileiro, a sua legenda e a dos irmãos Lúcio e Geddel Quadros Vieira Lima. Leia a reportagem que tem repercutido em toda a Bahia.

O prefeito de Vitória da Conquista, Herzem Gusmão (PMDB), está na bronca com o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM). Ele estava até disposto a apoiar a candidatura de Zé Ronaldo (DEM) ao governo do Estado. No entanto, mudou de ideia quando viu o democrata dizer em entrevistas à imprensa que, se depender dele, o PMDB não coliga com Ronaldo (leia aqui). Ao Bahia Notícias, Herzem fez duras críticas a Neto por essa postura. “Estive em Salvador na filiação do Arthur Maia. Lá, declarei apoio a Neto e Neto desistiu. No dia seguinte, Zé Ronaldo me liga e sinalizei o nosso apoio a Zé Ronaldo. Falei pessoalmente com ele. Garanti a ele. Depois da última declaração de Neto, que, de forma deliberada e desnecessária, anuncia que não quer o PMDB, nós temos uma reunião na sexta-feira, em Conquista, com o diretório do partido. Nela, vou colocar que a minha opinião, a tendência nossa, se depender de mim, é acompanhar João Santana. É seguir o candidato do PMDB, que é uma figura, uma liderança histórica e qualificada do partido. Exatamente por essa declaração de Neto”, declarou o prefeito da terceira maior cidade baiana. E as críticas de Herzem não pararam por aí. Incomodado com a posição “inoportuna” de Neto, ele também disse que a decisão do prefeito de não concorrer ao governo do Estado provocou um “prejuízo histórico para as oposições” e que, enquanto maior liderança do campo oposicionista na Bahia, o democrata tem errado na forma de conduzir as coisas. “Ele errou duas vezes. Erra quando não saiu candidato e erra quando não faz o discurso da unidade. Esse é o momento de se preocupar com a unidade, não esparramar. Se ele sabia que não seria candidato, deveria ter anunciado no ano passado, ou no início deste ano. Não entendi a desistência e a postura dele de sair atirando contra um aliado”, criticou. Herzem seguiu reclamando do tratamento dispensado ao PMDB pelo prefeito da capital baiana e disse que apoiar a candidatura de João Santana é uma forma também de evitar o “constrangimento” de ser impedido pela executiva nacional do partido de apoiar Zé Ronaldo, após as declarações de Neto. “Confesso da minha preocupação da forma como o prefeito Neto tem tratado o PMDB. Ele não teve cuidado com o partido. Quando ele levou Bruno [Reis] para o PMDB, ele disse que precisava colocar alguém de sua confiança lá. Agora, ele disse que não quer a gente”, afirmou. Ainda segundo ele, com as três pré-candidaturas da oposição ao Palácio de Ondina – PSDB, DEM e PMDB -, pode-se chegar a um segundo turno nas eleições. No entanto, para ele, o prefeito de Salvador precisa mudar sua postura em relação às outras siglas. “Com três candidatos, podemos provocar o segundo turno. Acontecendo um segundo turno, que o prefeito de Salvador não venha dispensar apoio de partidos políticos”, recomendou. Além de Neto, o pré-candidato tucano ao governo, João Gualberto, também foi alvo da metralhadora de Herzem por também ter dito que não coligaria com os peemedebistas. “Ele tem sido muito inábil. Um homem que se propõe a ser candidato ao governo do Estado, o discurso não o qualifica. Precisamos de alguém que pregue a unidade”, avaliou.


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