O PMDB passa por um momento de transição na Bahia e algumas questões ainda causam dúvidas quando se trata do apoio ao PT. Como pode ser observado na entrevista com o nomeado presidente do PMDB, Herzem Gusmão. “Eu estou no partido, mas não vesti uma camisa de força, o partido disse para mim que eu tenho hoje autonomia de apoiar ou não apoiar o PT e Vitória da Conquista sabe: eu quero fazer oposição ao PT, então eu não estou obrigado a servir o Partido dos Trabalhadores em nenhum plano, nem no plano nacional ou estadual, muito menos no municipal”, afirma Herzem. (Veja a entrevista na íntegra)
Blog do Anderson – Vitória da Conquista recebeu hoje aqui, Hérzem, o 16º Encontro Regional do PMDB.
Herzem Gusmão – Não foi um encontro Regional do PMDB naquele formato PMDB. Eles abordaram com 16º Encontro e resolveram fazer um evento e uma saudação para a minha chegada no partido, me senti honrado com isso. Não teve aquela estrutura maior e pesada dos encontros do PMDB, mas foi um encontro surpreendente. Eles vão sair daqui hoje felizes e hoje Vitória da Conquista foi verdadeiramente a capital do PMDB.
Blog do Anderson – Podemos ver aqui na platéia as pessoas gritando muito o nome de Geddel. O senhor acredita que ele é o próximo governador da Bahia?
Herzem Gusmão – Não tenha dúvidas. Quando João Henrique era quinto, diziam que o prefeito era A,B e C. Ele era a quinta alternativa e ganhou as eleições. O PMDB é um partido fortíssimo, tem pegada, tem vontade, tem juventude, tem programa de governo e tem atitude, por isso que ele é considerado o melhor ministro do presidente Lula. A obra mais importante do Governo Federal da transposição ele está tocando com uma velocidade que impressiona, porque é um tocador de obras.
Blog do Anderson – E quando as pesquisas saíram desmentiram o presidente do PT, não é?
Herzem Gusmão – Você já disse, a pesquisa foi manipulada e eu diria até que os números do ministro Geddel, mesmo manipulando e botando ele para baixo, ainda demonstram que ele vem aí, com toda força. Daqui a pouco eles vão começar a enxergar o ministro pelo retrovisor, para a ultrapassagem e isso vai depender da vontade da Bahia. E digo mais, o ministro Geddel não vai fazer experiência, ele está mostrando a sua capacidade de trabalho na frente do Ministério da Integração Nacional.
Blog do Anderson – Em 2008, após as eleições, o nome do senhor foi indicado para coordenar a campanha do possível presidenciável José Serra, como fica isso agora, o senhor no PMDB e o partido podendo receber o apoio do presidente Lula?
Herzem Gusmão – Veja só, quando eu fui para o PMDB eu não vesti uma camisa de força, quem distribui camisa de força é o PT, por isso que Bassuma não ficou lá. Eu estou no partido, mas não vesti uma camisa de força, o partido disse para mim que eu tenho hoje autonomia de apoiar ou não apoiar o PT e Conquista sabe: eu quero fazer oposição ao PT, então eu não estou obrigado a servir o Partido dos Trabalhadores em nenhum plano, nem no plano nacional ou estadual, muito menos no municipal. Não estou obrigado, eu poderei até acompanhar, vamos imaginar assim, o ministro Geddel Vieira Lima, no que está na proposta dele, isso sim eu vou acompanhar, torço e trabalho para que ele vença as eleições. Em relação de eu ser um articulador, um coordenador político do nome do Ministro José Serra, que é uma pessoa extraordinária, que eu admiro, do partido do presidente Fernando Henrique, o maior presidente da História do Brasil, então você vê que estou num partido onde tenho liberdade para expressar minha opinião e falar. Agora, quem vai definir quem é o coordenador é o PSDB, não sou eu.
Blog do Anderson – Waldenor Pereira alega que é uma provocação a intimação que o ministro está fazendo ao prefeito de Vitória da Conquista em enviar os projetos para ele.
Herzem Gusmão – Muito bem, ele fez uma provocação e eu fiz outra a ele, que ele trouxesse os projetos hoje aqui. Você acha mesmo que o ministro que está tocando as obras do São Francisco não vai resolver pequenas demandas que temos aqui? A prefeitura impondo às famílias, principalmente da zona rural, nos bairros periféricos, o sofrimento por capricho, ou eles não querem ou não têm projetos. Eu acho que são as duas coisas, têm má vontade e não têm projetos.
Blog do Anderson – O senhor já começou a elaborar projetos para reivindicar do Ministro Geddel Vieira Lima?
Herzem Gusmão – Veja bem, eu não posso fazer ,quem tem que fazer isso é o prefeito, o prefeito é ele, não sou eu. Ele não pode fazer galinha gorda com o dinheiro público e não pode se transformar em Silvio Santos, chegar aqui e dizer: quem quer dinheiro? E jogar o dinheiro para cima. Você tem falar como manifestou o prefeito de Itambé, e o prefeito João Henrique: “nós queremos recursos, está aqui o projeto para ele viabilizar”. Mas não tem nenhum projeto apresentado ao ministro. Ora, quem não apresenta projeto não pode lançar desafio.
Uma Resposta para “Herzem Gusmão: "Eu tenho hoje autonomia de apoiar ou não apoiar o PT e Vitória da Conquista sabe: eu quero fazer oposição ao PT"”
Adauto Bezerra
Todo conquistense pode criticar a atual administração. Menos o senhor. Foi o senhor quem mais defendeu Guilherme e sua trupe. Qual será seu discurso? Pessoas com o mínimo de inteligência não comerão sua farofa