Comando da PM anuncia 13,5% de gratificação após a ameaça de greve no Carnaval

O comandante-geral da Polícia Militar (PM), coronel Nilton Mascarenhas, anunciou nesta terça-feira, 22, que pretende oferecer, em média, 13,5% de reajuste à categoria e inclusão de gratificação para praças e motoristas operacionais que atuem no combate à violência nas ruas.

A novidade foi divulgada um dia depois das lideranças da União das Associações da PM-BA – que reúne 34 associações na capital e interior –, ameaçarem mobilizar o efetivo de PMs para suspender as atividades durante o Carnaval de 2010.

A gratificação citada pelo coronel é chamada de Condições Especiais de Trabalho (CET), sendo oferecido apenas aos policiais que atuam nas ruas. Seu percentual de 13,5% foi informado por meio de nota oficial publicada no site da Secretaria de Administração do Estado da Bahia (Saeb).

Beneficiados – Mascarenhas disse que cerca de 25,5 mil praças – a maioria dos 30 mil policiais militares –, receberiam o benefício. O Governo também pretende reajustar em 4% o salário dos policiais e em 32% o dos motoristas operacionais. Os percentuais seriam acrescidos em duas parcelas ao longo do próximo ano (em janeiro e setembro).

Mascarenhas anunciou também a compra de 811 novas viaturas, sendo 459 veículos e 352 motos, além de 4.825 coletes, que de acordo com nota, já estariam em uso.

Protesto – O diretor da Associação dos Profissionais da Polícia e Bombeiros Militares do Estado da Bahia (Aspol), Donavam Moutinho, disse desconhecer esses percentuais de reajuste e se posiciona de modo contrário em relação à diferenciação de funções dentro da instituição.

“Somos favoráveis a um benefício para todos os policiais. Não é justo segregar a polícia por meio dos praças”, critica.

Questionado sobre o anúncio de compra de novas viaturas e motos, Moutinho pediu melhorias nas condições de trabalho e denunciou que os veículos foram repassados de outras secretarias, por conta da “onda de violência” na cidade. Representantes de outras associações de PMs também contestaram a compra desses veículos, alegando que foram repassados automóveis velhos. A Tarde


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