Em manifesto Conselho de Segurança de Vitória da Conquista condena acusações à Policia Militar

Em nota o Conselho de Segurança de Vitória da Conquista (COSEG), manifesta com preocupação dos fatos que vem acontecendo desde a morte do soldado da Polícia Militar, Marcelo Marcio, no dia 28 de janeiro.

No tocante à Segurança Pública na cidade de Vitória da Conquista, fatos têm emergido nestes últimos dias e nos tem trazido certo desconforto, e, para alguns moradores de determinadas localidades, medo. Tem-se noticiado ação de determinadas pessoas ou grupos de indivíduos que invadiram casas de outros, com agressões e morticínios desenfreados. Isto certamente é inadmissível. É preciso ser apurado e seus autores punidos de forma justa”, trecho da nota que está disponível no link abaixo

MANIFESTO NÃO, IMPERATIVO SOCIAL

Nossa Constituição Federal é clara ao atribuir a todos, no caput do artigo 144, parcela de responsabilidade sobre a Segurança Pública. Estendendo o entendimento, percebemos que a República é nossa, a cidadania é nossa, o governo é nosso, e mais, de nossa responsabilidade. E se na prática não o é, precisamos, a passos mais largos, tomar posse daquilo que é nosso por direito. Assim sendo, este documento deixa de ser um mero manifesto para tornar-se uma voz imperativa que não se entrega ao desprezo interesseiro de grupos ou indivíduos. Fazemos parte da voz que deve ser ouvida acima de qualquer outra instituição pública ou privada, representando quem deve verdadeiramente governar este país: o povo.

No tocante à Segurança Pública na cidade de Vitória da Conquista, fatos têm emergido nestes últimos dias e nos tem trazido certo desconforto, e, para alguns moradores de determinadas localidades, medo. Tem-se noticiado ação de determinadas pessoas ou grupos de indivíduos que invadiram casas de outros, com agressões e morticínios desenfreados. Isto certamente é inadmissível. É preciso ser apurado e seus autores punidos de forma justa. Se realmente foram policiais, como se tem tentado demonstrar, que se serviram da “justiça com as próprias mãos” como uma espécie de vingança, estes precisam ser reconhecidos e punidos. No entanto, o que se tem visto nestes últimos dias, também tem sido uma onda de acusações às corporações policiais, notadamente às ostensivamente fardadas. É preciso que instituições públicas ou privadas, ou mesmo representantes de qualquer esfera, quer seja legislativa, executiva ou judiciária, busquem a verdade nos fatos para opinar com firmeza e justiça acerca dos respectivos acontecimentos. É preciso, ainda, termos cuidado com posicionamentos, porque já é mais que sabido que a Segurança Pública não se faz apenas com ações policiais. Os assuntos e deliberações que circundam a área da Segurança Pública envolvem conhecimentos da seara criminal, criminológica, sociológica, antropológica, entre outras, sendo efetivadas com políticas públicas imediatas e aquelas cujo resultado se verá a médio e longo prazos. Todos têm ciência disso!!! Cada um encarregado do poder público sabe disso. Como já citaram em determinado blog da região, se “Jararaca” era tão perigoso assim, com mais de três homicídios e comandando o tráfico na área, qual motivo justifica ele ainda estar solto, à época da morte do policial[1]??? Este talvez seja apenas um triste exemplo da ineficácia de todas as esferas responsáveis pelo controle da criminalidade, pela educação que promova cidadania e pela redução das desigualdades sócio-econômicas. É muito fácil se utilizar de bodes expiatórios como as corporações policiais, que são as únicas que lidam no enfrentamento da criminalidade. É muito fácil se utilizar dos canais de mídia para depreciar homens e mulheres, em sua maioria respeitosos e de honra, heróis anônimos, que morrem em prol da sociedade sem nunca serem lembrados pelos Direitos Humanos, pois humanos talvez não sejam para muitos que os criticam, sendo estes, críticos-de-plantão, extremamente negligentes com a causa social, não se dando ao respeito de fazer sequer o mínimo do que se deveria fazer neste país. É leviano acusar ainda sem provas, nem certezas, por intermédio de discursos prontos, clichês, cujo objetivo se serviu durante muito tempo, e ainda serve, aos famigerados que aspiram ao poder e que, por isso, precisam receber aplausos da platéia emocionada: o povo que é terrivelmente engodado por estes vários réprobos de plantão, que, lamentavelmente, existem aos milhares na sociedade.

Queremos nos fazer ouvir defendendo não a impunidade dos que cometeram os atos vingativos, mas a justiça correta, franca e pura; e isto certamente perpassa pela postura prudente e atenta aos princípios jurídicos do Devido Processo Legal e da Presunção de Inocência, concedida a muitos cidadãos de bem ou mesmo marginais, mas nem sempre concedida àqueles que lutam a favor da preservação da Ordem Pública.


[1] Citação indireta retirada de comentário intitulado de “Por que Jararaca não estava preso?”, disponível em: http://blogdopaulonunes.com/v2/


2 Respostas para “Em manifesto Conselho de Segurança de Vitória da Conquista condena acusações à Policia Militar”

  1. antonio

    Até que enfim algo de concreto, sereno e justo sobre este assunto…parabens….

  2. Wagner

    Correto. Concordo com a maoria de suas colocações, porém não podemos deixar de esclarecer, a Polícia na sua esmagadora maioria trabalha na parte do corporativismo, ou seja, buscaram, a justiça (se for comprovado o caso de chacina) simplesmente porque havia um policial envolvido na barbare. Concordo também quando diz que politicas publicas são realmente o mecânismo de afronta a marginalidade, más sabemos que a Polícia, seja Cívil, seja Militar,sabem dos pontos de droga, pontos de receptação de veículos, ladrões de carga e etc. e negligênciam isso porque?
    Mapeamento das áreas com incidência de homicidios e drogas devem ser uma constante no trabalho policial, eu presumo, e porque não atuam nessas feridas? Qual o motivo de ter uma guarita da PM na Av. Olivia Flores e no Alto Marom estar desativada? Nas Pedrinhas as policias não fazem trabalhos diários e quando vão apenas “passeiam” por lá.
    A Policia tem que ser mais presente sim, mais ágil sim, enfim estar em sintonia com a parcela da polulação que paga seus salários, para marginal é o rigor mesmo. Só que a diferença esta em acontecer algo com a policia e algo com uma cidadão comum.
    As Policias são extremamente incompetentes.

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