Promotores do MP investigam atentado a promotora em Vitória da Conquista

Secretário de Segurança, César Nunes, comentou o atentado

Os promotores de Justiça do grupo de operações especiais do Ministério Público já retornaram para Salvador. Eles foram à Vitória da Conquista apurar detalhes sobre o atentado que a promotora Genísia Oliveira teria sofrido. Ela investiga uma chacina ocorrida na cidade.

Os promotores do grupo de operações especiais do Ministério Público, que chegaram à Vitória da Conquista sexta-feira (7) à noite, já voltaram para Salvador. Eles se reuniram para discutir a denúncia de atentado contra a promotora Genísia Oliveira.

Na madrugada da última terça-feira (4), o carro que o marido da promotora dirigia teria sido atingido por dois tiros. O secretário de Segurança Pública do Estado falou sobre caso. ‘Até agora, não se tem nenhuma evidência concreta, nenhuma evidência firme de que ela esteja sofrendo ameaças’, afirmou o secretário.

A promotora investiga o envolvimento de policiais militares com a morte de onze pessoas e o desaparecimento de três adolescentes. O suposto atentado teria ocorrido na madrugada do mesmo dia em que dez policiais, acusados de participação nos crimes, foram presos e transferidos para a região metropolitana de Salvador. Genísia Oliveira apresentou o para-choque do carro com as marcas dos tiros e contestou as declarações do secretário.

‘Ele foi incauto quando ele disse que a perícia do meu veículo não constatou nenhum tiro. O tiro não foi no veículo, foi na lataria do carro e essa retirada foi feita do veículo porque logo depois dos tiros meu marido bateu o carro, em virtude do susto que ele tomou. Para cautelar provas, nós tiramos a parte desse material da lataria do veículo, que está aqui conosco. Portanto, os dois tiros estão aí. Se foi atentado, se foi tentativa de assalto ou se foi uma brincadeira, eu não sei’, afirma a promotora.
 
O secretário César Nunes disse, por telefone, que só vai voltar a falar sobre o caso depois das provas que a promotora promete apresentar. O procurador-geral do estado, Wellington Lima e Silva informou que também vai esperar a conclusão dos laudos da perícia técnica para voltar a falar sobre o assunto.


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