Eduardo Moraes
Diante do quadro quase epidêmico da violência que se alastra por todo o Brasil e que proporcionalmente tem atingido o nosso município, esta semana, várias lideranças sindicais se reuniram na sede do Sindicato dos Bancários para fazer uma avaliação sobre os últimos acontecimentos ocorridos em nossa cidade. Concluímos que estamos diante de um grande desafio. De acordo com levantamento do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) 90,1% dos brasileiros tem a sensação de que a violência está aumentando. As tentativas de frear esse leviatã tem sido vãs, pois governos, polícias, especialistas, ninguém ousa responder ou apresentar possível solução para esses episódios. Se a sociedade efetivamente pretende combater os males provocados por essa chaga, é preciso deter-se em um debate que defina ações de curto, médio e longo prazo.
Observamos que em nível local, as iniciativas promovidas até aqui por setores da sociedade, têm sido inócuas: sessões especiais, audiência pública, visitas ao governador, passeatas, abaixo assinados, nenhuma dessas iniciativas resultou até agora em ação que efetive a presença do Município, Estado ou Governo Federal no combate a esse mal. Dos debates promovidos, quando da realização da Conferência Nacional de Segurança, nada se concretizou até o momento. A discussão sobre o Sistema Único de Segurança Pública, Fundo Nacional de Segurança Pública, foram colocados na “geladeira”. Em nosso Estado, o Programa Nacional de Segurança Pública (PRONASCI) alcança apenas à capital e mais 03 municípios da região metropolitana de Salvador.
Esta semana, o Governo Federal, diante do aumento alarmante do número de pessoas vítimas do crack, anunciou mais verbas e uma política pública de âmbito nacional de prevenção, combate e tratamento para os dependentes químicos. É uma iniciativa relevante, mas sem o envolvimento de toda a sociedade organizada, assim como as demais, não se efetivará e permanecerá como letra morta. A sociedade não pode permanecer omissa ou apenas se mobilizar quando um dos seus é alcançado por alguma modalidade das práticas, tanto dos pequenos meliantes quanto do crime organizado. Da forma epidêmica, como o crime encontra-se enfronhado em todos os segmentos, não adianta cobrar ou esperar que com o aumento do efetivo policial, viaturas, armamentos ou presídios se reduzam a violência para níveis aceitáveis. A sociedade organizada precisa reagir! O movimento sindical de Vitória da Conquista, através do Fórum Intersindical e Popular Conquistense quer, sem ilusões, mobilizar toda a cidade para um debate franco e sincero em busca de soluções possíveis no combate a violência urbana e rural.
3 Respostas para “É possível combater a violência”
Eng.W. Anúnciação
Bom, se essas passatas, esses protestos, não teem servido para sensibilizar as autoridades. Começando pelo governo.O qual possui os meios e recursos para combatê-la.Cabe apenas aos eleitores, mudar de governantes, em todas as esferas.A reportagem de ontem veículada nas tvs – Dão uma idéia do caos na segurança pública no estado.Delegado foi assassinado, dando entrevista para uma emissôra de rádio.O entrevistador alertou os policíais a respeito do fato que estava ocorrendo naquele momento.Por quê não foram utilizados os helicopteros da polícia imediatamente, nesse caso?.
Carlos Augusto
No Antigo Testamento Salomão disse que: Quando um Governante torna-se corrupto como o que temos hoje,muito provalvelmente toda a populaçao seguirá o seu exemplo.
edy
acredito que so uma união conjunta entre poderes publicos,comunidade,policias e secretarias de seguranças publicas ea criação de um ministerio nacional de apoio a segurança, podera ser um grande passo para uma queda significativa nos indiçes de viõlencia