Os servidores do judiciário baiano decidiram em assembleia realizada na manhã nesta segunda-feira (14), a volta ao trabalho após 37 dias em greve. De acordo o diretor de comunicação do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado da Bahia (Sinpojud), Zenildo Castro, a categoria resolveu suspender o movimento por conta da liminar expedida pela juíza Drª Lisbete Maria Teixeira Almeida Cézar Santos, que decreta a ilegalidade da greve e determina o retorno imediato dos trabalhadores sob risco de multa diária de R$ 30 mil para os sindicatos.
Zenildo disse ainda que nesta terça-feira (15), o Sinpojud irá protocolar um ofício a presidente do Tribunal de Justiça Desembargadora Telma Brito solicitando a suspensão do corte do ponto dos grevistas.
O sindicalista disse que a negociação com a presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), a desembargadora Telma Britto, “não avançou muito”, mas que a categoria conseguiu duas vitórias importantes. “Ela aceitou abrir a negociação no sentido de criar um grupo de trabalho para revisão do PCS (Plano de Cargos e Salários)”, disse Zenildo, lembrando que a desembargadora também acordou a participação do sindicato na decisão das medidas que serão tomadas para adequar a folha de pagamento à Lei de Responsabilidade Fiscal.
Além disso, a categoria conquistou a manutenção da gratificação que foi cortada por meio do decreto 152 e transformou a gratificação em vantagem pessoal. “A gratificação foi mantida como vantagem pessoal e não tem como a pessoa perder porque fica incorporado ao salário como direito adquirido”, afirmou o diretor do Sinpojud.
Durante a greve, apenas os serviços considerados essenciais, como emissão de guia de sepultamento, alvará de soltura, habeas corpus, liminar para casos de saúde e de ligação de água e luz foram mantidos. As informaçõe são do A TARDE