1 Dunga, 11 Sonecas e 190 milhões de Zangados
Paulo Pires
Conforme a grande cantora brasileira Tetê Spínola em e-mail para nosso amigo Carlos Moreno, a Copa acabou para os brasileiros tendo como atores a turma citada acima. Sexta feira, 2 de julho, data da Independência da Bahia, todo mundo “preparado” para o show de bola que iríamos dar na Holanda. Abrem-se as cortinas e começa mais uma vez o espetáculo (era assim que dizia Fiori Gliglioti). Começa o jogo e o Brasil e os brasileiros cheios de confiança.
Bola vai, bola vem, Robinho recebe no espaço vazio da zagueirada holandesa. Maurício de Nassau que morreu há quatrocentos anos se levanta do túmulo e vê a algazarra de um Povo. Mais uma vez o Povo brasileiro fazendo barulho: Gol do Brasil.
Alguém grita: traz uma cerveja! Hoje vai ser de goleada!
Todos estão confiantes, alegres, boné na cabeça, camiseta comprada por R$ 10,00 no Varejão das Fábricas. Tem também uma pinga de Abaíra. Mas esta só será “tomada” no final do jogo.
Acaba o primeiro tempo. Um a zero Brasil.
Começa o segundo tempo. Mais confiança ainda. Menos nos jogadores. Não demora e a torcida começa a perceber que o time entrou em sonolência. Passes errados, bolas divididas sempre ficando com o adversário. Kaká pensando na mulher, Robinho atrás de um espaço. Lúcio nervoso. Felipe Melo jurando quebrar todo mundo. Dunga exibindo perfil de que a coisa estava ficando esquisita.
Não demora e bola na rede. Na rede do Brasil. 1 a 1. Dunga começa a dar visíveis sinais de perda de comando. Faz gestos para os jogadores. A maioria dos nossos atletas começa a demonstrar semblante de pavor, horror ou terror.
O silêncio começa a tomar conta da torcida. No campo e em todos os lugares baixa um silêncio premonitório. Aquele tipo de silêncio que existe na ante-sala do Purgatório. Os Deuses do Futebol anunciam que do jeito que nossos atletas estão se comportando, vai acabar favorecendo aos atletas do time adversário. Dito e feito. Felipe Melo disputa uma bola, sente que vai perdê-la. Pisa no holandês. O juiz que já vinha acompanhando “as brutas” do Grande Guardião de Dunga, não tem outra atitude. Pimba! Bota o cavalo prá fora. Depois disso, a cerveja esquentou, a garrafa de pinga ficou guardada, a cabeça começou a ferver, os olhos ficam chispados e os holandeses metem mais um na caçapa. Pronto. Estava sacramentada a derrota. Adeus Bahia. O rosto de Dunga visivelmente roxo, seus auxiliares não entendiam porque o time havia brochado. O Povo, bem o Povo, enrolava suas bandeiras e dizia com larga esperança: Amanhã a Argentina vais se lascar. E se lascou mesmo. Nossos hermanos tomaram uma chapuletada de quatro a zero e isso nos deu novo alento Nos lascamos, mas “eles” também se lascararam e foram pior que nós. Que bom ter um argentino sofrendo ao nosso lado. Que bom… Agora é só cantar a musiquinha da Branca de Neve e os nossos anões voltando para casa: Eu vou, eu vou, eu vou prá casa eu vou… Eu vou, eu vou, eu vou prá casa eu vou…
2 Respostas para “Direto da Praça”
jorivaldo
MUITO BOA!
MERECERAM PERDER MESMO COM UM TIME MEDÍOCRE DESSE NÃO TINHA JEITO MESMO!
monster turbine vs beats tour
Fashionable handbags – A up to date trends and fashion blog befashionableblog – The be fashionable blog.