Esse jogo não podemos perder!

Eduardo Moraes

É… torcemos, acreditamos, mas ainda não foi desta vez que conquistamos o hexacampeonato de futebol da FIFA. Como a seleção de Dunga não trouxe o título, todos os analistas tentam encontrar um culpado para crucificar. É incrível como todo mundo quer dar um palpite e afirmar que Se o treinador tivesse feito isso ou aquilo ou aquilo outro as coisas seriam diferentes. Até um polvo se transformou em astro global e já deu como certo a conquista do título pela seleção espanhola.

Como a humanidade chega ao século XXI, supera o tempo do obscurantismo, vive um momento em que para tudo a ciência tem uma explicação e nos deparamos perplexos diante das “adivinhações” de um molusco? Se bem que a imprensa parece movida pelo vil metal e tudo é permitido para desviar as atenções das pessoas para as questões relevantes que realmente estão em pauta e podem de alguma forma influenciar nos destinos da humanidade.

A copa de mundo de futebol é só mais uma competição que deixará as suas marcas no continente africano. Em 2014 é a vez de o Brasil sediar pela segunda vez essa competição. Vamos trabalhar para que seja um sucesso, especialmente para os trabalhadores que são os principais responsáveis pelo evento. Ampliar os direitos e a cidadania, essa deve ser a nossa principal bandeira.  Independente de qual país leve a taça, a luta dos povos continuará para romper com a ditadura financeira do capital, que com ajuda da grande mídia procura enfeitiçar e entorpecer o homem com mensagem subliminar até com a invenção de um polvo adivinhão.

Enquanto isso, o Leviatã da soberba neoliberal permanece entre nós com metas abusivas, desrespeito à jornada e precarização do trabalho, elevação das doenças profissionais, arrocho salarial, assédio moral, metas abusivas, manutenção do fator previdenciário dentre outros.

Agora é renovar nossas energias, pois começa as nossas duas principais disputas do segundo semestre de 2010: a Campanha Salarial dos bancários, que precisamos estar bem preparados para no momento da decisão não amarelarmos e entregarmos o jogo e as eleições, quase gerais, em que vamos escolher o projeto que tem mais haver com a classe trabalhadora e eleger senadores e parlamentares afinados com as nossas necessidades. Esse jogo não podemos perder!