O desafeto de Wagner…

Emmerson José

O governador Jaques Wagner (PT) não esconde de ninguém que, apesar das divergências políticas com Paulo Souto (DEM) e Geddel Vieira Lima (PMDB), seu único desafeto nestas eleições é o candidato do Psol ao Palácio de Ondina, Marcos Mendes. Acostumado a manter-se frio mesmo em momentos de crise, o petista ficou irritado com os ataques do adversário no debate da Band, transmitido na noite de quinta-feira. Durante o intervalo doembate televisivo, com os microfones desligados, Wagner dirigiu palavras nada amistosas a Mendes. Classificou como “coisa de moleque” o episódio em que o socialistaofereceu a ele uma amostra de água, dizendo ter sido contaminada por urânio de Caetité, no Sudoeste baiano.

 …E o pit bull petista

Mas, enquanto Wagner estiver como vidraça na campanha, caberá ao presidentedo PT na Bahia, Jonas Paulo, defender publicamente o governador e contra-atacar os adversários. Se Geddel diz que a Ferrovia Oeste/Leste e o Porto Sul são “obras depapel”, chamem o Jonas. Se a oposição critica a administração estadual, idem. A intenção dos coordenadores da campanha de Wagner à reeleição, étirá-lo da linha de tiro paraque cole no eleitor aimpressão de que todos osoutros candidatos se uniram contra ele. No entanto,a ordem do partido énão deixar nenhuma acusação ou opinião contrária sem resposta. E dá-lhe Jonasneles.

O deputado federal José Carlos Aleluia (DEM) resolveu declarar a independênciado comando de campanha do democrata Paulo Souto e formou um time de marketing próprio. Trouxe o publicitário Sérgio Guerra, dono da agência baiana Maianga, e o jornalistaGustavo Falcon, paracomandaremo núcleo de comunicação e cuidar dasaparições do candidato ao Senado no horário eleitoral gratuito, que terão a assinaturado pernambucano Marcelo Luna. Aleluia nãoandava satisfeito com os rumos que a equipe demarketing de Souto estava dando à sua campanha.

Tô nem aí

O ex-governador OttoAlencar (PP), candidato avice na chapa petista, garantiuaos aliados não ter a menor preocupação com as acusações de que ele é ligado a um suposto cartelde hospitais e clínicas da Bahia. Para Otto, não há substância alguma nas denúncias de candidatos da oposição, formuladas a partir do livro Política e Corrupção na Saúde, de autoria do médico Eduardo Leite, ex-diretor doHospital Geral Clériston Andrade, em Feira deSantana. Contudo, do lado contrário, há quem assegure que o assunto está na pauta de campanha de adversáriosdo governo estadual.


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