Cori é entrevistado pelo A Semana

Dando sequência série de entrevistas com os candidatos de Vitória da Conquista que concorrerão aos cargos de deputado federal e deputado estadual, o jornal A Semana divulgou nesta segunda-feira (16) a entrevista dos candidatos Clóvis Ferraz (DEM) e Coriolano Sales (PSDB). Confira a entrevistas de Coriolano Sales que foi extraída do site Conquista News.

O ex-deputado Coriolano Sousa Sales (PSDB) nasceu no interior do município de Santa Teresinha na Bahia, em 01/08/1943, na localidade denominada Lagoa das Traíras, hoje pertencente ao município de Iaçu. Aos dez anos de idade foi morar na vizinha cidade de Amargosa, onde ingressou na escola como era o grande desejo de seus pais, que foram morar na cidade para “educar os filhos”. Solteiro, uma filha, Coriolano Sales é formado em Direito, tendo exercido a profissão durante anos no Banco do Nordeste e também no seu escritório situado na Rua Ernesto Dantas. Eleito deputado estadual pela primeira vez em 1981, participou de importantes comissões na Assembleia. Foi também o responsável pela construção do PMDB na região Sudoeste. Reeleito por mais duas vezes para a Assembléia, ocupou a cadeira de presidente da Casa e de presidente da Assembleia, posteriormente se elegendo deputado federal por três vezes.  Entre os feitos de Coriolano Sales estão a Vara da Justiça Federal de Conquista, a construção do Anel Rodoviário, implantação do 2º Grau na zona rural, implantação dos hospitais de Belo Campo e Condeúba, entre outros.

Jornal A Semana – Por que o senhor deseja ocupar uma cadeira na Câmara Federal?

Para dar continuidade ao trabalho que eu sempre desenvolvi na Assembleia Legislativa e na Câmara, um trabalho em defesa das grandes mudanças que o Brasil precisa ter, mudanças no plano político, na área econômica, notadamente, através das políticas de cooperação e solidariedade. Enfim, um trabalho que poucos desenvolveram, de cooperação, solidariedade, de construção de uma sociedade melhor, o meu trabalho foi esse e eu espero poder continuá-lo.

Coriolano Sousa Sales – Como o senhor acha que pode contribuir com a implantação de políticas públicas nas áreas de educação e saúde na Bahia?

Eu apresentei um projeto na Câmara dos Deputados que dava poderes às universidades de ampliar os seus cursos mediante decisão própria, desde que tivessem orçamentos para implementar essas modificações de crescimento com novos cursos. Aqui mesmo, em Vitória da Conquista, eu defendo a implantação da Universidade Federal de Vitória da Conquista para ter jurisdição em cerca de 60 municípios da região e fazermos aqui uma grande universidade federal semelhante à Universidade Bolonha que hoje tem 130 cursos universitários. Nós somos uma região carente ainda de educação de nível superior embora tenhamos a Uesb, a FTC, Juvêncio Terra e a Fainor, mas, sem dúvida alguma, é uma universidade federal que vai dar esse pulso fundamental para o desenvolvimento da nossa região nas áreas tecnológica, mecânica, elétrica, de saúde, acho que a universidade federal será sem dúvida alguma a segunda maior obra que se pode fazer e construir em Vitória da Conquista e na região Sudoeste da Bahia.

AS – O Brasil tem hoje um agravamento nas questões relativas à segurança pública, de que forma o legislativo pode contribuir para que esse problema seja resolvido?

CS – O candidato Serra vem dizendo que vai criar o Ministério da Segurança Pública, é uma boa proposta, porque volta e meia essa questão está sendo discutida, debatida, mas não resolvida, no Brasil. Acho que reunir todos os aparelhos e equipamentos de segurança pública para criar um grande ministério será uma solução necessária para enfrentar a questão da violência no Brasil.

AS – Vitória da Conquista tem uma população superior a 310 mil habitantes, cerca de 205.600 eleitores, mas a representação política do município na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa do estado ainda é muito pequena, na opinião do senhor, isso se deve ao que?

CS – No caso específico de Vitória da Conquista, há muito espalhamento de eleitores e também de votos de modo que é preciso reunir as forças políticas, no sentido de unificar o esforço, o trabalho e escolher bem as representações, embora essa questão somente será resolvida quando o voto for distrital, é uma das minhas bandeiras na Câmara dos Deputados, fazer o voto distrital, o voto distrital misto principalmente, não o voto distrital público, mas o voto distrital que representará a escolha do partido e a escolha do candidato, acho que isso é muito importante para fazer a cristalização da representação  política e o povo escolher mais adequadamente, de maneira mais direta, de maneira mais próxima o seu candidato a deputado estadual e o seu candidato a deputado federal, eu acho que só com o voto distrital essas distorções que foram apontadas na pergunta serão resolvidas.

AS – Qual é a sua expectativa com relação às eleições deste ano para Presidente da República, Governo do Estado e principalmente para a sua eleição?

CS – Eu espero que o Brasil escolha o melhor e o melhor é Serra. Para presidente da República a eleição não é muito fácil porque o atual presidente detém um nível de percepção muito alto do eleitorado brasileiro, há muitos instrumentos clientelistas ainda que fazem com que o povo não escolha seus candidatos, uma propaganda massiva que tem sido utilizada pelo Governo Federal e pelo Governo do Estado, mas eu espero que em nível de Brasil o povo escolha José Serra, e em nível de Bahia, Paulo Souto, que me parece ser o melhor. Quanto a minha eleição, eu espero que possa merecer do povo mais uma vez a confiança e se isso ocorrer irei defender os interesses da região, Sudoeste da Bahia e, em particular, de Vitória da Conquista, como sempre defendi, pode ter alguém que tenha trabalhado igual a mim, mas duvido que algum deputado tenha trabalhado mais do que eu por Vitória da Conquista.