A cerca de 30 dias estão suspensas as visitas aos internos custodiados no Distrito Integrado de Segurança Pública (Disep) em Vitória da Conquista. carceragem do Disep tem capacidade para apenas 16 presos, sendo quatro em cada cela, mas chega a abrigar mais de 100. Em reportagem exibida no Jornal da Cidade, programa da Rádio Clube de Conquista, desta quinta-feira (2), familiares denunciam os maus tratos, quanto qualidade e quantidade da alimentação servida. Segundo uma mulher, são servido 80 refeições para cerca de 150 presos. Confira a reportagem.
3 Respostas para “No Disep de Vitória da Conquista são servidas ’80 refeições para 150 detentos’”
Dr. AFRANIO GARCEZ
É necessário que as autoridades de nossa cidade, encontrem uma solução para esse grave problema, de maneira urgente, e usando o bom senso. Muitos dos que estão custódiados na carceragem do Disep, são primários e portadores de bons antecedentes, portanto, deveria se fazer uma triagem e colocá-los em liberdade. Aliás, há uma lição muito antiga, que é encontrada na Carta Mgna das Liberdades, entre o Rei João Sem-Terra e os Barões que diz: “Nenhum homem livre será detido ou sujeito à prisão, ou colocado fora da lei, ou exiliado, ou de qualquer modo molestado, e nós não procederemos nem mandaremos proceder contra ele senão mediante julgamento regular pelos seus pares ou de harmonia com a lei do país”. Foi com base neste texto, que mais tarde o jurista Cesare Beccaria, em sua obra “Dos Delitos e Das Penas” já ensinava: “Nenhum homem, pode ter sua liberdade privada, e a pena não pode ultrapassar a figura do criminoso”. O que está ocorrendo, é que além de todos eles, encarcerados, estão sofrendo coação, coação essa extensiva aos seus familiares, que também são atingidos. Estamos vivendo num Estado de Direito e as leis devem ser cumpridas. Cometeu um crime, que seja punido. O que não pode é a sociedade como um todo ficar alheia ao que está acontecendo na carceragem do Disep, onde, aliás, tais custodiados nem deveriam estar, pois cumpre ao Estado através da Secretária de Justiça e Direitos Humanos, criar os meios necessários, e locais dignos para mantê-los. Não é tarefa da Polícia Civil ficar olhando e vigiando presos. Nossa cidade pode mais uma vez ser manchete nacional, e negativa, diante desta situação. A pergunta que não quer calar: Como anda as obras do Presídio Regional que estava sendo construído, e que pelo que se lia na placa, pois não sei se ela ainda existe, é que a entrega seria neste ano. E se tivesse sido construído, o que denominam “Presídio Regional Dr. Nilton Gonçalves”, poderia servir como cadeia pública. Esse comentário, aliás longo eu reconheço, se faz necessário para que todos nós busquemos a solução, sem prejuízos para a sociedade, para a população, e que a justiça seja sempre feita. Finalmente, eu recordo de uma situação parecida, quando a carceragem ficava localizada na Delegacia da Praça Sá Barreto, e que não tinha tantos problemas assim, mas por colocar em risco a segurança dos moradores, e dos servidores daquela delegacia, isso salvo qualquer engando, entre os anos de 1985 a 1987, eu fui signatário de um Habeas Corpus Coletivo, e o Tribunal de Justiça determinou a soltura de todos os que se encontravam custodiados lá, com exceção, dos que já tinha sido apenados. Acredito, que situação semelhante pode vir a ocorrer, e aí coitada da nossa população. Dr. Afranio Garcez.
adelson
Enquanto isso a obras do novo presídio seguem paradas.
RGS
Situação complicada.