Fabrício é entrevistado pelo A Semana

Fabrício é candidato a deputado estadual pelo PCdoB

Geógrafo licenciado pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), Jean Fabrício Falcão, 35 anos, é casado, tem uma filha e cumpre seu segundo mandato na Câmara Municipal de Vitória da Conquista, onde ocupa o cargo de vice-presidente. Professor da rede estadual de ensino, Jean Fabrício já foi líder estudantil do Grêmio do Colégio Adélia Teixeira, coordenador do DCE/Uesb, da UJS e diretor da CUT Regional. Na Câmara, foi o articulador de projetos sociais como o Centro de Referência da Mulher, o Centro de Atendimento à Vítima e o Cidadania Pré-Vestibular.

Jornal A Semana – Por que o senhor deseja ocupar uma cadeira na Assembleia Legislativa?

Jean Fabrício – Na verdade, a minha candidatura a deputado estadual faz parte de um anseio do nosso partido no município de fortalecer suas posições na região, assegurando uma representação na Assembléia Legislativa e também dos setores populares organizados no meio sindical, associações populares e setor produtivo. Estou na política  há mais de 15 anos e durante este período atuei intensamente na organização dos trabalhadores em dezenas de municípios do Estado e isso me cacifou dentro do partido a pleitear uma vaga na Assembleia. Portanto, este não é um anseio pessoal, mas sim um desejo coletivo dos setores que me elegeram como representante, para que tenham uma voz firme em sua defesa.

AS – Como o senhor acha que pode contribuir com a implantação de políticas públicas nas áreas de educação e saúde na Bahia?

JF – Acredito na necessidade de ampliar os recursos para educação e saúde, que são duas áreas fundamentais para a população. É preciso universalizar, mas também humanizar o atendimento de saúde. Nos municípios menores, a estrutura é muito precária sobrecarregando os hospitais que atendem regionalmente, precisamos disseminar o atendimento e a prevenção para dar qualidade ao atendimento do cidadão mais carente. Em relação à educação, penso que é necessário expandir o ensino superior e ainda fortalecer o ensino médio, melhorando a qualidade dos cursos de formação geral e criando cursos profissionalizantes na cidade e no campo, assegurando maior possibilidade de emprego e renda para os trabalhadores urbanos e rurais. Também precisamos intensificar os programas de alfabetização de jovens e adultos, pois a Bahia possui uma população gigantesca que não sabe ler nem escrever, portanto sem oportunidades e perspectiva. O TOPA foi uma grande iniciativa do governador Jaques Wagner nesse sentido. Sou professor e acredito na educação pública, tenho participado de importantes experiências voltadas para a alfabetização, o ensino profissionalizante e também do acesso de jovens negros e carentes às universidades públicas, por isso mesmo vou atuar para expandir tais programas.

AS – O Brasil tem hoje um agravamento nas questões relativas à segurança pública, de que forma o legislativo pode contribuir para que esse problema seja resolvido?

JF – O Estado precisa melhorar as condições salariais e de trabalho dos policiais, em especial daqueles que estão no campo enfrentando a marginalidade. É fundamental que se realize cursos de qualificação e aperfeiçoamento dos profissionais, concurso público para aumento do efetivo, melhorias dos equipamentos e valorização da inteligência na ação policial.

 Ao lado das ações policiais, o estado tem que cuidar da juventude que vem sendo sistematicamente assediada pela “indústria do mal” chamada de Tráfico de Drogas. Mais escolas, mais quadras, mais esportes, mais cultura e geração de emprego e renda são fundamentais no combate ao tráfico de drogas que assola nossa juventude. Programas voltados para a habitação e renda mínima contribuem para que as famílias possam se estruturar e assim dificultar o assédio da marginalidade.

Portanto é importante que a justiça seja eficiente punindo os culpados pela violência, que a polícia atue reprimindo o crime quando necessário, mas ao lado disso é fundamental a prevenção com políticas públicas voltadas para o resgate social da população excluída. No caso das drogas, o traficante tem que ser preso, mas o dependente tem que ser tratado.

AS – Vitória da Conquista tem uma população superior a 310 mil habitantes, cerca de 205.600 eleitores, mas a representação política do município na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa do estado ainda é muito pequena, na opinião do senhor, isso se deve ao que?

JF – Estou me propondo a ser um deputado voltado para os interesses maiores do povo de Vitória da Conquista. Não sou homem de promessas, sou homem de trabalho e ação. Conquista pode ter a certeza de que terá um deputado que lutará incansavelmente pelos seus anseios. Não pretendo morar em Salvador, serei um deputado que estará constantemente nas bases, ouvindo a comunidade e seus anseios. Atuarei incansavelmente junto ao Governo do Estado e Governo Federal. Não tenho elementos para falar da representação de conquista por outros deputados. Falarei por mim, sou um homem sério, trabalhador e acredito nesta cidade, por isso mesmo levarei seu nome onde quer que eu vá.

AS – Qual é a sua expectativa com relação às eleições deste ano para Presidente da República, Governo do Estado e principalmente para a sua eleição?

JF –       O Brasil e a Bahia passaram por transformações importantes nos últimos anos. Lula representou uma verdadeira revolução em nosso país, hoje temos orgulho do Brasil, geramos mais de 10 milhões de empregos, o desenvolvimento econômico possibilitou o acesso do povo ao mercado e ao mesmo fortaleceu o setor produtivo, possibilitando o fortalecimento do empresariado comprometido com o país. Hoje voltamos a ter uma classe média forte. Na Bahia Wagner, representou o republicanismo e o sepultamento do coronelismo que assolava nosso povo. O TOPA, Água para Todos, novos hospitais, reformas das estradas, melhoria da educação, precisamos seguir mudando. Por isso mesmo acredito na vitória de Dilma e Wagner no primeiro turno. E para coroar esse processo vamos eleger os dois senadores e muitos deputados federais. Quanto a minha eleição estou muito otimista, tenho base em mais de 100 cidades e Vitória da Conquista, minha terra, reconhece meu trabalho como vereador. Faço política agregando e não perseguindo, aprendi isso no PCdoB, um partido de mais de 80 anos de trajetória ao lado do povo brasileiro, por isso mesmo temos apoios importantes de lideranças que acreditam em nosso trabalho. Eu tenho apenas meu voto, os outros que conseguir devo aos amigos e a população que confia em mim, por isso mesmo quero trabalhar duro para recompensar essa confiança.


Uma Resposta para “Fabrício é entrevistado pelo A Semana”

  1. Mário

    Acho que o nosso povo deveria apoiar mesmo candidatos da região. Tem o meu apoio Fabricio. Espero que nossa cidade também seja lembrada e reconhecida como um polo regional e que os governos estadual e federal tragam para o nosso território benefícios. Precisamos de indústrias para gerar emprego e renda. Quanto aos órgãos públicos regionais que não têm no sudoeste baiano, espero que lembrem de nós. O sudoeste baiano é uma região promissora, mas em alguns setores: com o de segurança pública, é ainda é subordinada do sul do estado. A Caixa Econômica Federal de Vit. da Conquista detém o maior volume de negócios da superintendência SUL (que fica sediado em Itabuna), no entando, não tem uma sede na nossa região – V. da Conquista deveria contar com uma. Concorda?

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