A Semana entrevista Nelson Brito

Nelson Aguiar Brito nasceu em maio de 1964, em Vitória da Conquista. Estudou o primário no Povoado da Choça e o ginásio no Colégio Pestalozzi. É formado em Administração pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), onde participou do diretório acadêmico. Também integrou o Grêmio Estudantil do Colégio Sacramentinas, em Salvador, fundou o diretório acadêmico do Curso de Enfermagem da FTC, foi presidente de várias associações e vice-presidente do Conquista Futebol Clube. Em 1997 foi eleito vereador em Vitória da Conquista, ocupando a cadeira até o ano 2000. Solteiro, Nelson Brito candidata-se agora a uma vaga na Assembleia Legislativa.

A Semana – Por que o senhor deseja ocupar uma cadeira na Assembleia Legislativa?

Nelson Brito – Quero representar a cidade de Vitória da Conquista, a região sudoeste e toda a Bahia, apresentando projetos e emendas ao orçamento do estado. A Bahia está vivendo uma situação delicada na saúde, na educação e na segurança pública. Os baianos vivem amedrontados com a violência e isso não pode continuar. Temos que resolver este problema.

AS – Como o senhor acha que pode contribuir com a implantação de políticas públicas nas áreas de educação e saúde no Brasil?

NB – Acompanhando de perto as escolas e os hospitais de nosso estado. Na condição de deputado vou buscar ampliar a rede estadual de ensino e melhorar a infraestrutura de muitas escolas. Não podemos deixar de falar da necessidade de implantação de escolas de tempo integral e da ampliação de cursos técnicos.  Na saúde, defendemos a ampliação do número de leitos e da quantidade dos hospitais públicos. Em Conquista, temos o exemplo do Hospital de Base que não atende a demanda regional, e que teria que ser no mínimo duplicado para conseguir atender a demanda. Saúde e educação de qualidade são pilares para a edificação de uma sociedade mais justa.

AS – O Brasil tem hoje um agravamento nas questões relativas à segurança pública. De que forma o legislativo pode contribuir para que esse problema seja resolvido?

NB – A questão da insegurança pública vivenciada em nosso país e em nosso estado é fruto do modo equivocado que as políticas sociais estão sendo conduzidas. Sem geração de emprego para os mais pobres e sem uma educação digna, a violência aumenta. No legislativo vou defender o fortalecimento da segurança valorizando os policiais, sem esquecer da educação pública e da geração de emprego e renda em todas as regiões do estado. Sou a favor da PEC 300 e da equiparação salarial com os policiais do Distrito Federal. Podemos também cobrar das autoridades federais o combate à entrada de drogas e armamentos em nosso país. Precisamos conscientizar a sociedade do fato de que as drogas, e em especial o crack, estão destruindo boa parcela da juventude, e para isso, os governos podem realizar a campanha de uma maneira mais organizada.

AS – Vitória da Conquista tem uma população superior a 310 mil habitantes, cerca de 205.600 eleitores, mas a representação política do município na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa do Estado ainda é muito pequena. Na opinião do senhor, isso se deve a que?

NB – À falta de grandes líderes políticos na cidade comprometidos com o desenvolvimento sócio-político da nossa região. Tínhamos um único deputado federal que ao invés de cumprir todo o mandato, renunciou para ser prefeito de Conquista. O grande número de partidos políticos que dá oportunidade a muitas candidaturas em nossa região tem dividido a votação, prejudicando os que possuem uma chance real de eleição. Não considero errado que candidatos de outras cidades venham fazer campanha em Conquista. Eu tenho feito campanha em aproximadamente 40 municípios. O deputado estadual é representante de toda a Bahia e não somente de um único município.

AS – Qual a sua expectativa com relação às eleições deste ano para presidente da República, Governo do Estado e, principalmente, para a sua eleição?

NB – Para presidente da República temos três candidatos competitivos, e eu voto e apoio o candidato do meu partido José Serra (PSDB), por considerá-lo o mais competente, capacitado e experiente para dirigir o nosso país. Não podemos votar em um candidato apenas pelo apoio de um presidente com alta popularidade, sem a certeza de que essa pessoa tem a capacidade de administrar o país com eficiência. Na cidade de São Paulo, Paulo Maluf apoiou Celso Pitta, e este não conseguiu administrar o município com eficiência. Pitta foi o pior prefeito da história da maior cidade do país. Não podemos correr risco semelhante para o Brasil. Com relação ao governo do estado da Bahia, acredito que vai ocorrer segundo turno. Por fim, em relação as minhas eleições estou trabalhando com muita garra e confiança. Nos mais de trinta municípios que tenho feito campanha, tenho tido uma excelente receptividade por parte dos eleitores que estão ansiosos por mudanças no atual quadro político, e querem candidatos com sangue novo e novos projetos e ações que atendam as expectativas de toda a população, especialmente a mais carente. Comprometo-me a lutar por mais qualidade na saúde, geração de emprego e renda, educação e segurança pública. Durante todo o meu mandato vou defender a população baiana com eficiência e competência para poder honrar a confiança do povo.