Memorialista relata história das palmeiras imperiais da Tancredo Neves

Aos 86 anos de idade, Dilson Ribeiro de Oliveira é um monumento-vivo à história de Vitória da Conquista. Descendente do desbravador João Gonçalves da Costa, afilhado do ex-prefeito e ex-governador Régis Pacheco, foi pioneiro da aviação comercial e da telefonia na cidade. Testemunhou e escreveu sobre fatos importantes ocorridos no Município e tem crônicas e livros publicados. Com a aproximação dos 170 anos de emancipação política de Vitória da Conquista, Dilson Ribeiro presenteia a sociedade com o relato de um dos símbolos da cidade: as palmeiras imperiais que enfeitam a Praça Tancredo Neves.

 As palmeiras imperiais

     (70 anos de história)

 Disse Isabel Maria ao prefaciar meu último livro, que tenho “um xodó com a memória” e tenho mesmo.

Lembro-me agora do início dos anos 40, mais precisamente entre janeiro e março de 1940, ainda com meus 16 anos incompletos, chegava em nossa casa, em Jequié, o Dr. Régis Pacheco (Prefeito de Conquista), procedente da Capital do Estado com uma pick-up carregada de mudas de palmeiras, acondicionadas em pequenos jacás e mais uma infinidade de plantas ornamentais, conseguidas no horto florestal de Ondina, Salvador e que deveriam ser plantadas na antiga praça da República, hoje Tancredo Neves, nesta Cidade. A canícula era enorme e o Dr. Régis resolvdeu descansar um pouco em Jequié para “refrescar” as plantas, prosseguindo no final da tarde para Conquista. Hoje, cerca de 70 anos depois, passando pela dita praça relembrei-me do episódio e ao contemplar as majestosas palmeiras, confesso que fique feliz e reconfortado. Não é que naquela tarde calorenta, no afã adolescente, eu ajudei o motorista do Dr. Régis a “refrescar” as plantas, inclusive estas majestosas palmeiras que embelezam a nossa querida Vitória da Conquista? Parabéns, lindas palmeiras, pelos seus 70 anos de vida! Assim como no passado, as geraões que virão saberão reconhecer suas imponentes presenças entre nós. E por falar em fatos históricos, convêm lembrar, também, que a 09 de novembro próximo, deveremos comemorar festivamente os 170 anos de nossa emancipação política, com a instalação de um Conselho, sob a presidência do Capitão Luiz Fernandes de Oliveira, o genro predileto de Faustina, filha do bandeirante português João Gonçalves da Costa, nosso fundador e reconhecido como o desbravador do Sertão da Ressaca.

Texto e Fotos: PMVC


3 Respostas para “Memorialista relata história das palmeiras imperiais da Tancredo Neves”

  1. RGS(pesquisador)

    Essas palmeiras atravessam décadas!. E continuam lindas!.Desde quando foram plantadas(salvo engano), no início da década de 1950.É um marco(vegetal), histórico das mudanças e progressos da cidade,alcançados no meado do século passado.

  2. Mateus Oliveira

    Lembrar tb q o Dilson foi vereador de conqusita tb.

  3. CARLOS ANTONIO DA SILVA COSTA

    É incrível como existem pessoas que se dizem descendentes de João Gonçalves da Costa. São pessoas com os mais diferentes sobrenomes: Andrade, Sampaio, Pedral, Mármore, Gusmão, Oliveira, Ribeiro e tantos mais. Os verdadeiros descendentes de João Gonçalves da Costa, que nunca andaram lutando por tal reconhecimento são os de sobrenome Gonçalves e Costa.
    Sou descendente direto do desbravador de Conquista, e, para mim não é nenhum motivo de honra, pelo contrário!
    Não acho certo que um senhor que nasceu em Jequié venha querer nos engabelar dizendo ser descendente direto de João Gonçalves da Costa. Pelo jeito este português também fundou a cidade de Jequié.
    Vamos inventar uma estória (estória mesmo) mais plausível e digna de credo!

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