Sexta de fúria na Câmara Municipal

A sessão da Câmara de Vitória da Conquista na última sexta-feira (22) foi de ataques ao Governo Municipal por ter acionado o Ministério Público (MP) para solicitar da Câmara celeridade na aprovação do Projeto de Lei 31/2010, que dispõe sobre a transposição de recursos do Orçamento Municipal. Luciano Gomes (PR) fez duras críticas e ressaltou que a Prefeitura não se mobiliza diante de importantes questões como a divisão territorial do município, diante da possibilidade da perda de território para municípios vizinhos. Gomes afirmou que a Câmara sempre aprovou todos os projetos enviados pelo executivo e que não pode aceitar a transferência de responsabilidade para os vereadores. O líder da oposição, vereador Arlindo Rebouças (PMN), afirmou que o prefeito é mau assessorado e responde a um processo por improbidade administrativa, por descumprir as leis do Município. O parlamentar comentou irregularidades na nomeação de duas pessoas para o Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, criticando duramente tal postura. Para Rebouças, o prefeito vem exercendo uma péssima administração da cidade, fruto da falta de assessores competentes. O vereador também questionou a postura do Governo Municipal em acionar a justiça para que o Projeto de Lei 31/2010 seja votado em caráter de urgência. Classificou como prepotente e ditatorial a postura do prefeito, que não se mobiliza diante das demandas da cidade. Até o petista Alexandre Pereira ficou indignado com a forma que o Poder Executivo trata o Legislativo. O parlamentar comentou o ofício 600/2010, encaminhado pelo MP, que informa ao Legislativo a instauração de procedimento administrativo para se apurar responsabilidades na interrupção da concessão de passagens, pelo Município, aos pacientes em tratamento fora do domicílio. “Este ato da secretária de Saúde  é  lamentável, nos envergonha e deixa dúvidas sobre até que ponto vale a pena fazer política com estes métodos”, concluiu.