Superlotação de prisões eleva tensão em Vitória da Conquista

Presídio recebeu detentos do Disep, esvaziado por estar em condições insalubres (Foto: Néia Rosseto/A TARDE)

A transferência definitiva de 57 presos para o Presídio Nilton Gonçalves e delegacias da região marcou o fim de oito anos da carceragem do Distrito Integrado de Segurança Pública (Disep), em Vitória da Conquista,  e abriu nova discussão em torno da superlotação carcerária no terceiro maior município do Estado, com mais de 310 mil habitantes. Para abrir vagas extras, a polícia encaminhou para a cadeia de Poções 39 detentos que estavam no Nilton Gonçalves. Mesmo assim, o problema persiste, já que a capacidade do presídio é de 187 presos e, atualmente, comporta 295. O Sindicato dos Agentes Carcerários denunciou que o local está superlotado e sem condições de receber mais detentos. “Temos uma média de oito flagrantes por dia, o que representa mais 240 pessoas que virão para o presídio. Isso pode causar rebelião, motim, fuga em massa e morte”, listou o presidente do sindicato, Edfran Costa. A direção do presídio não quis se pronunciar sobre o assunto. Com capacidade total para apenas 16 internos, o Disep chegou a receber mais de 100 homens, até ser interditado por determinação do juiz de direito da Vara do Júri da comarca, Reno Viana Soares. O magistrado foi procurado, mas não retornou os contatos até o fechamento da reportagem. O prazo para cumprimento integral da portaria judicial, sob nº 03/2010, é de 45 dias, mas o delegado-coordenador, Odilson Pereira, já cumpriu a decisão. “A partir de agora, todos os presos em flagrante são encaminhados ao presídio”, assinalou o delegado. Segundo ele, o destino da área desativada ainda não foi decidido. “Tenho que pedir autorização ao delegado-geral, mas em princípio vamos usar a área para ampliar a Delegacia de Furtos e Roubos, e uma parte vai ser para treinamento do Grupo de Apoio Tático, o GAT”. As informações são do A Tarde.


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