Com poços fechados, Caetité tem água escassa

Mesmo liberados pelo Instituto de Gestão de Águas e Clima do Estado (Ingá),há pouco mais de 40 dias todos os oito poços artesianos e chafarizes da região de continuam lacrados e sem previsão de abertura. É que a Secretaria Municipal de Agricultura e Recursos Hídricos optou por manter cinco carros-pipa para abastecer as comunidades rurais, ao custo mensal de R$ 8 mil cada, em vez de cumprir a condicionante na nota técnica nº 10/10, datada de 17 de setembro, do Ingá. De acordo coma secretaria, a zona rural do município, cuja população total é de 48 mil pessoas, tem mais de 22 mil moradores, sendo que mais de 5 mil deles dependem da água extraída dos poços e chafarizes até então interditados, nos povoados de Juazeiro e Barreiro e distrito de Maniaçu. O Ingá pede a prefeitura que “se responsabilize pelo monitoramento da qualidade da água dos poços e chafarizes distribuídos nas localidades de Barreiro e Juazeiro. No caso específico do distrito de Maniaçu, distante cerca 40 km da sede, que seja feito o processo de dessalinização” para garantir o teor de potabilidade da água e reduzir o nível de radiação. Somente um poço, instalado em propriedade particular, no distrito de Juazeiro, e que se encontra fechado por decisão da INB (Indústrias Nucleares do Brasil), continuará interditado. Este poço é utilizado apenas para monitoramento dos níveis de urânio em suas águas. O chafariz também está fechado. Para suprir a demanda da comunidade, a captação de água é feita num poço de superfície. Cada família recebe, semanalmente, até 5 mil litros, dependendo da capacidade do reservatório em casa. Informações do A Tarde.