Por Eduardo Moraes
Vitória da Conquista exerce um fascínio mágico sobre todos que aqui vivem, visitam ou que por aqui passam, pois o seu poder de encantamento embevece. Sendo ou não seus filhos, ao pisar em seu solo, olhar e sentir suas belezas e acolhimento, logo somos flechados pelo bairrismo tão comum aos conquistenses, apaixonados, roxos de amor pela terra “natal”.
É natural em outras festas privadas ou públicas você encontrar gente bonita, mas no Natal da Cidade somos arrebatados ou tocados por um “que” de magia onde todos, sem exceção, transbordam e irradiam beleza por todos os poros, talvez por estarmos comemorando o nascimento do menino Jesus.
Transpiramos alegria, contentamento, gentilezas, solidariedade, simpatia, educação. Os sons que ecoam por todos os cantos do centro da cidade, inebriam e aquecem nossa alma. A tônica passa a ser o que o mestre nos ensinou, amar ao próximo como a si mesmo.
É verdadeiramente uma festa fantástica, tudo funciona bem! É bonito ver os casais enamorados, os sem namorados, as famílias caminhando vagarosamente de mãos dadas, desde as mais tenras às de maior idade, saboreando de tudo nos mínimos detalhes: as luzes e decoração da Praça Tancredo Neves, o presépio, artesanatos, vitrines, brinquedos, guloseimas, tudo!
E que mistura invejável de gente de todos os cantos, ansiosos, aguardando o início das apresentações culturais no palco principal da Praça Barão do Rio Branco. E quando começa o espetáculo, todos ficam extasiados, como se estivessem tomados por um espírito mágico do encantamento.
Iluminados, prestigiamos todos aqueles que sacaram e passaram a valorizar, oportunizar e resgatar nossas raízes, trazendo lá dos cafundós, nossos reisados, pilão de aroeira, corais, orquestra sinfônica, violas,violões,chorinho, camerata. O som de Elomar, Café com Blues, artistas da terra e grandes atrações nacionais que sobem ao palco e fazem vibrar a todos, comprovamos que por mais que a grande mídia tente, ela jamais conseguirá nos pasteurizar, nos fazer gostar do mesmo som, pois somos um povo arredio e não suportamos padronização, cabresto, cerca ou cangalha.
É esplendoroso ver a juventude atenta, aplaudindo e sempre a pedir mais um desse velho novo som brasileiríssimo. Que bom seria se essa mistura disruptivas de som, cores, gente, costumes, belezas e gentilezas, não fossem tão efêmeras como num sonho, mas durassem para sempre!
É, realmente somos um povo diferente. Tiramos onda com o Brega e o “Chique”, Rebolation, Arrocha, Axé…, mas curtimos mesmo é arte e cultura de qualidade que acontece no Natal da Cidade. Não importa de que canto ou lugar as pessoas vêm, todos enchem a praça com os objetivos de congregar, confraternizar, enfim, de celebrar a vida com harmonia, alegria, exemplo de civilidade e orgulho de ser conquistense.
Trabalhemos para que celebrações iguais a essa, se alastrem pela cidade e não apenas no Natal.
Uma Resposta para “Somos um povo diferente”
HELDER
Concordo plenamente com o artigo, sou da cidade de Livramento de Nossa Senhora, vim para Vitória da Conquista em 1999 para estudar e hoje tenho Conquista como minha cidade natal. Amo está cidade, pois ela proporcionou-me crescimento financeiro, profissional e apoio e crença daqueles que acreditam e dão credibilidade aos forasteiros que aqui se aconchegam.
Parabéns Vitória da Conquista e conquistenses!!!!
Amo essa Cidade!!!!