Por Edvaldo Paulo de Araújo
Ódio, magoas, ressentimentos, malquerenças, sentimentos de vinganças….tem a malignidade de poluentes mentais, vírus e radicais livres, porque desencadeiam no corpo doenças mil. Ao guardar sentimentos negativos, toda essa carga de sentimentos amargos é como você entupir todos os espaços do seu corpo de lixo radioativo. Não faça isso com você, exerça o mais nobre dos sentimentos, um dos atos mais dignos do ser humano, o PERDÃO. O perdão é balsamo para os fracos e força para os oprimidos. Alivia o peso e nos ajuda a caminhar livres e leves. O perdão é um ato sublime que nos eleva a condição de Deus.
“Quantas vezes perdoarei ao meu irmão”? Indagado Jesus responde: “Perdoá-lo-eis, não sete vezes, mas setenta vezes sete”
Eis um dos ensinamentos do mestre Jesus, que deve ser usado com inteligência e deixar para sempre morar em nossos corações. Estas palavras misericordiosas, como uma oração simples, resumida, que Jesus ensinou aos discípulos se verifica justiça, excelência e a infinita grandiosidade de Jesus.
Jesus responde a Pedro: “Perdoaras, mas sem limites; perdoaras cada ofensa, tantas vezes quantas elas vos for feita; ensinarás a teus irmãos esse esquecimento de si mesmo, que nos torna ivulneraves às agressões,aos maus tratos e as injurias, será doce e humilde de coração, não medindo jamais a mansuetude; e farás, enfim, para os outros, o que deseja que o Pai celeste faça por ti. Não tem ele de te perdoar sempre, e acaso conta o numero de vezes que o perdão vem apagar as tuas faltas?”.
O professor Hermógenes, mestre Yoga diz: “Desfrutar saúde, paz, vigor, bem estar e comungar com Deus são inacessíveis aos que cultivam a execrável toxemia psíquica, isto é, o ódio. Sentimentos destrutivos dirigidos a inimigos e desafetos podem atingi-los dolorosamente, mas, esteja certo, que quem os emite igualmente é atingido”.
Palavras de Jesus no evangelho de Mateus, 5: 43 e 44: “Ouvistes que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem e caluniam; (…)”.
Esta é uma das mais complexas dificuldades do ser humano: perdoar a quem o ofende. Quem de nós já não experimentou o gosto amargo da ofensa, da ingratidão, da calunia, da humilhação que achamos injusto. Por isso somos acometidos muitas vezes dos mais diversos sentimentos negativos. É ai que entra a grandeza sublime do perdão. O entendimento de que o revide nos iguala ao agressor, pois é vingança e a conseqüência é atos malignos e negativos.
Mais de dois mil anos se passaram e verificamos que não assimilamos ainda este ensinamento do mestre. Temos uma imensa dificuldade de perdoar. Esses dias após uma ofensa, disse algumas palavras que me fizeram muito mal, seria melhor ficar calado.Me tornei pior do que quem me ofendeu, pois tenho consciência e discernimento.Não quero mais experimentar isso, quero aprender a nobre virtude do silencio e deixar o ofensor, com o gosto falso da vitória.Fazer comentários sobre a injustiça,sobre o tratamento recebido, também é uma forma de revide, hoje repito, prefiro o silencio.
Precisamos sempre a cada ato significante de nossas vidas, fazermos uma analise. Quem sabe ao sofrermos a agressão, não fomos nós que la traz não fomos o primeiro agressor?Quem sabe se não fomos nós a dar o primeiro passo?Será que usamos de toda moderação necessária?Será que não envenenamos um simples caso, com represálias?Admitamos que nada fizéssemos, ai reside o grande mérito e a grandeza de mostrarmos indulgencia.
Perdoar aos chamados “inimigos” é pedir perdão para si mesmo. Perdoar seus amigos é uma prova sublime de amizade. É preciso perdoar para ter o direito de ser perdoado.
Quando vejo uma pessoa dizer –“jamais te perdoarei” ou “jamais perdoarei”, sinto como se essa pessoa anunciasse a própria condenação em vários sentidos. Neste nosso caminhar, vamos conviver, sentir no mais profundo do nosso âmago, varias fases de desgosto, ingratidão, ofensas, separação, agressões diversas, adultérios, intrigas e demais conflitos, que irão provocar magoas nas profundezas do nosso espírito.
Muitas vezes, esses acontecimentos produzem em nós, ressentimentos que nos parece insuperáveis. Muitas pessoas se apegam tanto, que elas passam a pertencer ou a morar no seu coração e na sua alma. Muitos se apegam somente para terem a quem culpar pela sua infelicidade. Ao optarmos pela luz sublime do perdão, estaremos retirando de dentro de nós esse indesejável elemento: o ressentimento. Que só produz desequilíbrio em nosso espírito.
Todos nós passamos por diversas dores, mas é preciso lembrar, que do outro lado está à paz, está à alegria, o que torna a luz do perdão uma opção real de felicidade.
É preciso como diz Dr.Gerald Jambrowski: “perdoar é ver a luz ao invés do abajur”. Ver muito mais alem, ver a plenitude de ser livre, de não carregar dentro de si sentimentos inúteis e ressentimentos obsessivos. É enxergar a vida, como uma luta diária para crescer e buscar na fé, o alimento para ir à busca dessa luz.
vejo pessoas sobrecarregadas de obrigações diárias, como ir ao culto, as missas, eucaristia, tarefas religiosas varias vezes ao dia e muitas vezes também vejo a mais absoluta falta de testemunho da pratica. Fica parecendo que todo esse trabalho, é uma espécie de troca pelo não cumprimento das propostas do mestre Jesus. Jesus não barganha.Esta enganando a quem?Eu que sou pequeno percebo, ainda mais o mestre que conhece todos os seus sentimentos mesmo o mais intimo. Pare um pouco para uma reflexão. Estou realmente, sendo o que Deus quer de mim?Estou sendo um verdadeiro apostolo?Estou exercendo com humildade os verdadeiros ensinamentos do mestre Jesus? Nada contra essas atividades, elas são sublimes, desde que não sejamos simples sepulcro caiado.
Para mim não há como dimensionar o maior e o menor perdão, mas o mais representativo para mim é o de Jesus. Após toda perseguição, toda a zombaria, toda humilhação, por ruas carregando aquela pesada cruz, sob blasfêmia, cusparadas e todo ultraje da multidão. Quando estava pregado na cruz na mais profunda dor, invocou o perdão mais irrestrito:
“— Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem.” (Lucas, XXIII: 34)
Perdoa-me, pois a minha caminhada nesta busca é ainda de iniciante, mas os ensinamentos são bons e minha vontade infinita.
Uma Resposta para “Perdão”
natan da carroceria
muito bom otimo e tem muita gente precisando meditar no perdão,muito obrigabo por essa aula de humildade.