Espancar uma pessoa até a morte por causa do roubo de um aparelho chocou os moradores de Macarani, no Sudoeste Baiano, que estão mobilizados em torno do julgamento que acontecerá nesta quinta-feira (24), devendo durar dois dias. Sentarão no banco dos réus Jhonatas Lima Santos, vulgo “Bida”, Jackson Rocha Carvalho, vulgo “Jak” e Lázaro Lima Santos, vulgo “Lau”. Segundo a promotora de Justiça Suzilene Maria Ribeiro Souza, que os denunciou, eles são acusados de terem matado Robson de Jesus Almeida, vulgo “Dum”, em 17 de julho do ano passado, auxiliados por três adolescentes, que estão internados em Salvador. Suzilene atuará na acusação durante o júri popular que será presidido pelo juiz Fernando Marcos Pereira. Segundo explicou, os réus integram uma gangue conhecida por “Calça Apertada”, “Calça Colada” ou “Apertadinhos” e vinham trazendo intranquilidade ao município. Consta dos autos que um componente da gangue roubou um celular de um amigo da vítima. Usuário de drogas morador de Salvador que não tinha passagens por Macarani e para lá se dirigia com frequência, Dum foi cobrar o celular roubado do amigo e acabou sendo emboscado por seus algozes que atiraram contra ele impedindo qualquer defesa e começaram uma sessão de espancamento agredindo-o com facas, facões e pedras de forma repetitiva até provocar sua morte. A promotora de Justiça Suzilene Souza vai pedir a condenação dos réus, que estão presos em Macarani, por homicídio simples, e diz que o júri está mobilizando a comunidade, sendo esta a segunda morte perpetrada pela gangue. O crime cometido contra Dum aconteceu às 16h num dia de sábado, defronte a um velório, deixando as pessoas atônitas com o que presenciaram. Como serão três réus e sete testemunhas, ela diz que a duração do júri deve ser longa, podendo chegar a dois dias.
Macarani: Júri deve durar dois dias
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