Foto: Alberto Oliveira
A imediata interdição do Centro de Abastecimento (Ceasa) de Vitória da Conquista está sendo solicitada pelo promotor de Justiça Beneval Mutim, que ingressou com uma ação civil pública, com pedido de liminar, contra o Município. O referido centro vem funcionando, segundo o representante do Ministério Público estadual, sem as devidas condições de higiene, segurança e habitabilidade, o que vai de encontro aos direitos básicos dos consumidores no que se refere à proteção da vida, saúde e segurança, previstos no Código de Defesa do Consumidor. Na ação, Beneval defende a transferência dos comerciantes permissionários e todos os outros que exercem atividade econômica no Ceasa, no prazo de 30 dias, para local que possua condições de funcionamento devidamente aprovado pela Vigilância Sanitária e pelo Corpo de Bombeiros. Técnicos desses dois órgãos estiveram no centro, que funciona há cerca de dois anos na Av. Juracy Magalhães Júnior. Peritos da Central de Apoio Técnico do MP também foram ao local com o objetivo de apurar as denúncias e emitiram laudos dando conta da falta de condições dos 120 boxes de hortifrutigranjeiros e mais lanchonetes, churrascarias e outros pontos comerciais lá funcionarem. O promotor de Justiça salienta que o Ceasa é administrado pela Secretaria Municipal de Serviços Públicos (Sesep), órgão responsável por autorizar o uso do espaço público pelos comerciantes atacadistas que lá estão e que tem conhecimento da situação, mas nada tem feito para regularizar o funcionamento dos serviços, que também provocam poluição sonora trazendo transtornos para os moradores da área. Inclusive, diz Mutim, a Sesep não quis assinar um Termo de Ajustamento de Conduta perante o MP, alegando que “o imóvel é alugado e não integra o patrimônio público, sendo inviável investir mais em instalação de terceiros.”
2 Respostas para “MP pede interdição do Ceasa de Conquista”
Paulo
Pelo que sei, o Código de Defesa do Consumidor já existe há um bom tempo. Pra ser mais preciso, desde 1990. Também pelo que sei, Não só o CEASA recém mudado para a Av. Juracy como TODAS as feiras de abastecimento de hortifrutigranjeiros da cidade passam bem longe das condições ideais de higiene e segurança. Então porque só agora o MP resolve tomar a iniciativa de interditar o local? E como esta iniciativa ajudará a mudar a situação daquela central de abastecimento? E como ficam as outras feiras? Continuarão com os seus ratos e cães sarnentos passeando por lá? E as moscas continuarão pousando nas carnes e vegetais vendidos em péssimo estado de conservação? E, finalmente, o que realmente motivou este pedido de interdição? Fora realmente a higiene do local ou tem algo mais que a gente não sabe?
Jose primo
Na minha opinião, além de exigir condições decentes de higiene, o povo de Vitória da Conquista deveria sugerir a “limpeza” do quadro de servidores da prefeitura responsáveis pela organização daquele importante setor. Somente a transferência de local, com a permanência dos funcionários que produziram o problema não resolverá a questão por muito tempo. Os envolvidos devem responder a um processo administrativo. Povo de Conquista, exiga do prefeito a instauração de um processo administrativo!