Paulo Nunes

Paulo Nunes no auge do jornal “Hoje”, quando ainda tinha cabelo
Um dos maiores nomes do Jornalismo da Bahia dos últimos 20 anos
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Por Luís Fernandes

Desde que desembarcou na mídia em abril de 1987 Paulo Nunes da Silva transformou-se numa das mais conhecidas figuras da mídia baiana. Parte desta “fama” ele construiu, de certo modo, pela agenda que acabou sendo obrigado a montar ao adquirir filling para o Jornalismo. Agenda que, por sinal, cresceu substancialmente com seu ingresso no “Rádio”. No pico, ele chegou a incomodar muita gente e a agradar muito mais. Acusado de não dar vida fácil aos desafetos (que são pouquíssimos!), na sua defesa diz que nunca atacou quem quer que seja, apenas reagiu às tentativas de assalto ao poder a qualquer custo. De todo modo, tem hoje contra si o radialista Hérzem Gusmão. De quebra, ainda enfrenta a recorrente desconfiança sobre suas reais intenções no mercado jornalístico, vindas principalmente dos “apegados” ao radialista. “Vim para ficar” – afirma, rebatendo as poucas críticas feitas, inclusive na questão chave que é a da sua credibilidade. A seu favor, estão aí, vivos, os próprios leitores e ouvintes. Nasceu no dia 9 de outubro de 1956, deixou a função de supervisor regional dos “Correios e Telégrafos” em 18 de março 1987, aos 30 anos de idade, e se dedicou ao Jornalismo. Formado em Direito em 16 de dezembro de 1988, aprovado na OAB (portanto, advogado), conciliava, a princípio, as duas carreiras. Deu os primeiros passos profissionais no Jornalismo em abril de 1987, quando começou a trabalhar no jornal “O Radar”, de Ricardo Benedictis, escrevendo sobre política conquistense. Recebeu o provisionamento como jornalista e Carteira da Federação Nacional dos Jornalistas em 23 de julho de 1987 (validado até julho de 2006), além de filado como membro efetivo da Associação Baiana de Imprensa em 1990. Mas seu vôo mais alto na mídia começou a se desenhar efetivamente quando fundou seu próprio jornal, em 1990. Era o “Hoje”, que circulou regularmente de 1990 a 1998 e de maneira esporádica até 2006. Foi um jornal que teve 1270 assinaturas pagas na Bahia e 580 assinantes em Vitória da Conquista, circulava em todas as Prefeituras e Câmaras de Vereadores do Estado. De lá para cá, veio construindo uma carreira sempre ascendente. Antes de fundar seu próprio jornal Nunes foi repórter da revista “Panorama da Bahia” de Feira de Santana, repórter do jornal “Correio da Bahia” de Salvador (onde vendeu mais de 750 assinaturas em um só ano, um recorde), como também escreveu para a revista A Bahia de Hoje, ambos de Ricardo Benedictis. Em 2001 Nunes tornou-se ser editor-chefe do “Diário do Sudoeste” e em 12 de outubro do mesmo ano foi para a “Rádio Clube de Conquista”. Em 2002 fez o primeiro programa jornalístico na “Rádio Brasil FM”, o “Brasil Notícias”, junto com Cristiane Santana e Aécio Ribeiro. Em 14 de julho de 2003 comandou o programa “Tribuna Livre” na “Clube” e na 96 FM, onde ficou até 30 de janeiro de 2007. Por fim, trabalhou na “Rádio Melodia” de 1º de junho de 2008 a 6 de agosto de 2009. Com tanta experiência no rádio e no jornal, pode-se dizer que Paulo Nunes circula hoje entre os grandes nomes do Jornalismo da Bahia. Desde 2007 possui um blog, o “Blog do Paulo Nunes”, brindando os leitores com sua “opinião que interpreta a notícia”, de maneira coerente, fundamentada e inteligente, o que o faz um jornalista diferenciado em Conquista, pois não se envolve com relações promíscuas que a profissão de jornalista permite oferecer, o que o faz, na hora de dormir, quando for trocar confidências com o travesseiro, ir para a cama com a consciência tranqüila. Nunca quis se beneficiar da condição de “formador de opinião” – eventualmente bem pagos. Condição esta que se oferecia para ele, tentadora, nos bastidores e na retaguarda da política. Sempre fez a opção preferencial pelo “mundo exterior”, porque desde cedo aprendeu que o bom jornalista precisa ser feito touro bravio, forte, corajoso e determinado.


3 Respostas para “Paulo Nunes”

  1. Antonio

    Eeee tempo bom. Quando Paulo Nunes ainda tinha cabelo heheh
    É que o cabelo de Paulo Nunes é rebelde.
    Ele fugiu…

    Boa matéria! Um abraço ao Paulo!

  2. Yende

    PN é um dos maiores nomes do jornalismo da Bahia e motivo de orgulho para a nossa gente mas o seu maior mérito é nunca ter se aliado a pessoas da imprensa local que nada acrescentam de útil para a nossa cidade.
    O que espero de PN é um combate mais acirrado na luta contra o retrocesso e o falso moralismo armas dos retrógrados e preconceituosos ávidos pelo poder.

  3. GENIVAN SILVANERI

    Luiz Fernandes,
    Prabens pelo trabalho. a homenagem é justa e oportuna.

    Genivan Neri

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