Wagner não vê motivos para cancelar decreto

Foto: Blog do Anderson

Em entrevista ao programa Resenha Geral ao meio dia desta quinta-feira (26), o Governador Jaques Wagner afirmou que a questão salarial dos docentes das quatro Universidades Baianas que estão em greve desde o dia 5 de abril, já se bateu o martelo desde o ano passado. “A gente fez uma previsão de aumento real em 18% daqui até 2014. Então não é verdade que tenha alguma proposta de congelamento, ao contrário, propomos aumento ano a ano acima da inflação para recuperar os salários dos professores. Agora eles dizerem que querem que eu derrube um decreto, que é um direito do governador para controlar as despesas já que todas as questões de custeio das universidades foram garantidas, eu sinceramente fico até triste e não vejo uma motivação real para que agente faça isso. Quero repetir que a questão salarial foi negociada, inclusive até 2014”, disse. Em relação à paralização que está prestes a completar dois meses, Wagner apoiou e disse que é um direito dos trabalhadores, mas informou que continua lutando para o imediato retorno dos estudares as salas de aulas. “Eu não posso da noite para o dia dar um passo que as pernas não alcançam, pois eu tenho que fazer universidades, ensino médio, segurança, saúde, portanto nós temos que administrar o orçamento com serenidade”, completou. Em relação ao decreto, que os docentes exigem a revogação, o governador disse que foi um ato de contingenciamento que atingiu não somente as universidades, mas sim vários setores da administração.


4 Respostas para “Wagner não vê motivos para cancelar decreto”

  1. Adelson

    e o corte da verba das universidades o que o governador tem a dizer?

  2. Luana

    Os deputados que tinham direito a 21 assessores, ganhando até 8 mil reais, agora podem ter 26, ganhando 11 mil reais. De onde será tirado esse dinheiro a mais, já que eles alegaram que não passarão do orçamento. De onde tiraram pra ser voltado para este fim??
    Uma vergonha !!!!!!

  3. Estudante da UESB

    O nosso Querido Governador deveria se envergonhar de um declaração como essa. Todos nós que, de uma forma ou outra, temos alguma ligação com as UEBA’s sabemos que este decreto fere a autonomia das Universidades, ou seja, além dos baixos salários, as UEBAs sofrem corte de verbas, o que impede a contratação de professores substitutos, impossibilitando a saída dos docentes para qualificação, e ainda sofre com a alteração no regime de trabalho de professores que não podem pedir Dedicação Exclusiva – provavelmente porque o governador considera um luxo “desnecessário” o docente se dedicar unicamente à universidade e ganhar por isso. Porém, tanto o governador quanto o secretário estão todo dia dizendo que o decreto “não impede o crescimento das UEBAs e nem a saída de professores para qualificação”. E ainda vem dizer que fica “muito triste”. Triste estamos nós, alunos e professores que acabamos sendo os maiores lesados por seu governo, que mal manda um representante para negociar com os professores.

  4. historiadora

    “Eu tenho que fazer universidades, ensino médio, segurança, saúde, portanto nós temos que administrar o orçamento com serenidade”.
    Concordo com o governador, ele realmente tem que fazer tudo isso, afinal ele foi eleito pra isso e ganha muito bem pra isso. A pergunta que resta é porque até agora não fez nada?
    Só existe serenidade na hora de administrar o orçamento da saúde, educação e segurança pública. Vamos ter a mesma serenidade na hora de conceder aumentos de salários absurdos para os deputados, secretários e cargos de confiança do governo.

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