Por José Nunes Neto
A prefeitura de Vitória da Conquista vem nos últimos meses articulando a criação de uma fundação para gerenciar o Hospital Esaú Matos. Na verdade essa é uma forma marota que ela encontrou para privatizar o hospital. A argumentação dos defensores da privatização é muito frágil: eles alegam que a burocracia atrapalha a administração do hospital. Eles se esquecem porém que a prefeitura, o governo do estado e o governo federal são administrados pelo PT, ou seja, é o próprio PT que estaria burocratizando a administração. Esta semana durante a Conferência Municipal de Saúde realizada no Centro de Cultura o Secretário Estadual de Saúde, Jorge Solla, admitiu haver problemas insolúveis na saúde pública. Ora, se o próprio secretário diz que não consegue resolver os problemas quem vai resolvê-los? Isso na minha terra (que também é a terra da esposa dele) é assinar um atestado de incompetência. Ele deveria ter aproveitado o evento e ter pedido demissão do cargo. Poderia também aconselhar o governador Jaques Wagner a renunciar ao cargo, ele também assina um atestado de incompetência a cada investimento que deixa de vir para a Bahia e vai para Pernambuco. Sem falar no crescimento vertiginoso da violência em seu governo.
A população deve estar atenta e a Câmara de Vereadores deve vetar esse projeto. Estamos a um ano das eleições municipais, as mais difíceis para o PT de Conquista desde 1996. A criação de uma fundação nesse momento colocaria a prefeitura sob suspeição, já que a fiscalização das contas de uma fundação corre o risco ser feita de forma ineficiente, dessa forma poderia nascer um duto para desvio de recursos públicos. Já existem precedentes no PT desse tipo esquema para fazer caixa de campanha, o Caso Daniel e o Caso Toninho de Campinas são exemplos claros. Muita calma nessa hora, é melhor prevenir do que remediar.
José Nunes Neto, estudante de Jornalismo da Uesb.