Por Augusto Queiróz
Muito se fala hoje de “desenvolvimento sustentável”, chavão que está na boca de todos, inclusive dos que fazem exatamente o contrário. Na verdade, o que realmente precisamos é de um “retrocesso sustentável”, pois não dá mais para pensar dentro da velha ótica desenvolvimentista ultrapassada, que prevê um crescimento e um consumo cada vez maiores. Precisamos reduzir, repensar, reciclar e mudar nossos padrões de consumo e de conduta. Como sabemos, a crise que ora enfrentamos é planetária, uma crise de civilização e de modelos que requer uma transformação profunda nos valores e nas atitudes humanas. E esta mudança já está ocorrendo, entre aqueles mais bem informados e que sabem interpretar os sinais dos novos tempos.
Afinal, o caos atual é muito grande. Nossa sorte é que, nos planos mais sutis, a hierarquia espiritual que auxilia nosso planeta, em comunhão com sistemas ainda mais vastos, zela permanentemente pelo nosso progresso e bem-estar. E é a nossa harmonização com o propósito dessas inteligências superiores que nos permitirá avançar em direção a um novo futuro de brilhantes promessas e espantosas realizações, concretizando o melhor de nossos potenciais.
A tarefa é vasta, os desafios imensos, a resistência à mudança abissal. Mas precisamos manter uma vontade firme e começar de onde estamos, dando os passos necessários que estão ao nosso alcance. Não dá mais pra adiar. Vivemos momentos críticos. A civilização pede socorro.
Precisamos adotar novos valores e estilos de vida já, mais ecológicos e menos consumistas, pois o velho modelo já se esgotou. Permanecer na mesma e agir como se nada estivesse acontecendo é o pior dos caminhos e levará ao desastre. Precisamos de modelos de produção e de consumo mais eficientes, novas diretrizes industriais e um capitalismo menos predatório e verdadeiramente voltado para a sustentabilidade, ao invés do lucro a qualquer custo.
A solução está dentro e fora de cada um. Cada um é responsável. E, como diria Lennon, você pode até achar que eu sou um sonhador. Mas não sou o único.
Augusto Queiroz é Jornalista, professor e tradutor, atualmente desenvolvendo trabalho na área de Comunicação em Vitória da Conquista – BA