Itapetinga: Caixa é denunciada por jornada de trabalho excessiva

O Ministério do Trabalho e Emprego vai fiscalizar a jornada de trabalho de pelo menos 17 funcionários em atividade na agência da Caixa Econômica Federal (CEF) de Itapetinga, a 560 km de Salvador. Eles estariam trabalhando até às 22 horas, quando o turno habitual é encerrado às 18h, estendendo até quatro horas o trabalho diário. A denúncia de extrapolação da jornada de trabalho foi apresentada pelo Sindicato dos Bancários de Conquista e Região nessa terça-feira (27). Fontes ligadas à unidade da CEF em Itapetinga disseram que a extrapolação da jornada diária está acontecendo por conta do aumento no volume de trabalho, principalmente devido à demanda de ex-funcionários da Vulcabras/Azaleia demitidos em 16 deste mês. A denúncia de extrapolação da jornada de trabalho foi apresentada pelo Sindicato dos Bancários de Conquista e Região nessa terça-feira (27) ressaltando o agravante de que a direção, ainda segundo a entidade, “obriga o funcionário a registrar a saída e permanecer na agência, sem receber pelo extra”. A carga horária normal do bancário é de seis horas, podendo se estender por mais duas horas-extra, conforme acordado em convenção coletiva. Em nota, o presidente do Sindicato dos Bancários, Delson Coêlho, explicou que muitos desses trabalhadores estão em processo de indenização, rescisão, saques do seguro-desemprego e FGTS. “Essas demandas adicionais têm sobrecarregado os funcionários da Caixa”, acrescentou. O sindicalista disse, ainda, que a jornada extra não é paga aos bancários. “Nossos colegas estão trabalhando gratuitamente para a Caixa, pois a legislação só permite duas horas extras, além da jornada convencional de seis horas”. Além disso, continuou, “a extrapolação vai gerar consequências para a saúde dos bancários”. Por meio da sua Assesoria de Imprensa, a Caixa Econômica Federal informou que “irá apurar as denúncias de extrapolação do horário de trabalho na agência Itapetinga/BA, bem como analisar a situação do atendimento e tomar as medidas necessárias”. A CEF também esclarece que “determina às suas unidades que cumpram rigorosamente a jornada legal de trabalho”.

(Juscelino Souza | A Tarde)


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