Gabrielli causa curto-circuito na política baiana

Foto: Marcos Alves /  O Globo

Quem entra na orla marítima de Salvador pela Praia da Armação dá de cara com um barbudo sorridente e engravatado. Muitos ainda não conhecem o rosto estampado no outdoor do Clube dos Empregados da Petrobras (Cepe), ao lado da frase “Desafio sempre será a sua energia”, variante de um famoso slogan da estatal. Mas nos bastidores da política baiana, só se fala dele. O dono da barba é o economista José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras que há duas semanas desembarcou na capital baiana disposto a ser “um soldado do governador Jaques Wagner (PT)”. Seu projeto, ao sair do comando da maior empresa do país para o governo baiano, é alavancar a candidatura à sucessão estadual. Depois da tensão para remover os soldados da PM que ocuparam a Assembleia Legislativa, na greve da categoria, a oferta pôs Wagner diante do dilema de acomodar o “soldado Gabrielli” na equipe. É nítida a insatisfação de outros aliados que acalentam as mesmas ambições políticas. Embora a decisão seja aguardada para o meio da semana, pois governador está na Alemanha com a presidente Dilma Rousseff, é provável que o ex-presidente da Petrobras ocupe a Secretaria estadual de Planejamento no lugar de Zezéu Ribeiro (PT), que reassumirá a contragosto o mandato de deputado federal.  “Fiquei um ano montando intensamente projetos de larga escala, com alcance regional e nacional, e na hora de capitalizar isso para a Bahia, eu saio”, desabafou semana passada na imprensa local. Informações do O Globo.


Os comentários estão fechados.