Se houver corte dos salários, os professores não vão repor as aulas perdidas durante a greve e isso pode comprometer o ano letivo. A ameaça foi feita pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Rui Oliveira. “Eles vão ter que contratar quem reponha. A greve começou por causa do governo, que não cumpriu o acordo de garantir os 22,22% de reajuste”, afirmou ele. “O governo diz que está aberto ao diálogo, mas os professores estão tendo os salários cortados, que diálogo é esse?!”. A Secretaria Estadual de Educação lembra que a suspensão de pagamentos está baseada na decisão do desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Gesivaldo Britto, que classifica a greve como ilegal e determina o retorno imediato dos professores. Informou também que fará um calendário de reposição de aulas para que os 200 dias letivos exigidos por lei sejam cumpridos. Nessa sexta-feira (27), por volta das 9h, os professores se reuniram nas dependências da Assembleia Legislativa, onde estão acampados desde o último domingo. No encontro, o sindicato fez uma carta com as reinvindicações da categoria para o governador Jaques Wagner e decidiu manter a greve. O governo argumenta que o reajuste pedido pelos professores não pode ser pago porque 44,01% do orçamento do Estado já está comprometido com folha de pessoal. Esse percentual subirá em agosto para 46,02% e a Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece teto de 46% do orçamento para essa finalidade. “Queremos que o Governo mostre as contas para nossos auditores”, diz Oliveira. Informações do Correio.
Professores grevistas não vão repor aulas na rede estadual, afirma APLB
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