Marisa Correia em homenagem

Foto:  Emanuel Nem Moraes/Secom PMVC 

O Dia do Artista Plástico, celebrado no dia 8 de maio, costuma ser vivenciado de forma mais autêntica por quem está ciente da relevância desse profissional. E ninguém melhor para atestar essa relevância do que alguém que esteve envolvida com arte durante toda a vida, como a artista plástica Marisa Correia.  Aos 72 anos, Marisa ainda vive uma relação de intensa proximidade com a arte. Isso ocorre desde 1960, quando ela se mudou para Salvador, após ter sido aprovada no vestibular para o curso de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Hoje, ela revê sua trajetória, nesse contexto, com serenidade. “Eu e a arte temos uma relação de mãe e filha. Neste caso, a filha sou eu. Mas uma filha bem maternal”, diverte-se, falando do apelido que lhe foi dado pelo colega Date Sena: “A mãe das artes plásticas de Vitória da Conquista”.  O epíteto não é gratuito, visto que ela foi uma das responsáveis, na década de 70, por criar um mercado para as artes plásticas na cidade. A história começou em 1973. Três anos após retornar de Salvador, Marisa abriu o Ateliê Iniciação Artística, onde ensinava técnicas, como pintura a óleo, aquarela, bico de pena. Por lá passaram nomes hoje relevantes nas artes plásticas na cidade, como Romeu Ferreira, Adele Oliveira e Orlando Celino. Esses mesmos alunos, posteriormente, vieram a expor suas obras na Galeria Geraldo Rocha, fundada por Marisa em 1978. 

Marisa calcula que, entre 1973 e 2001, tenha organizado mais de cem exposições de artistas locais e de outras cidades. A rotina era frenética: a cada mês eram realizadas duas exposições, uma coletiva e outra individual. Exposições de trabalhos seus, houve poucas. “Criei aquele espaço não para mim, mas para a arte”, recorda.  Marisa sempre produziu trabalhos figurativos, em estilo contemporâneo. Pinta em várias técnicas, por meio das quais procura retratar “as questões mais íntimas da existência humana”. Aposentou-se em 2010, após trabalhar por treze anos como assessora e, posteriormente, diretora do Museu Regional de Vitória da Conquista. Hoje, em seu chalé, em estilo suíço, anda produzindo em menor escala. Mas diz que continua a ter orgulho de se dizer artista plástica. “É uma causa que você abraça”, ensina. “Você vai marcando pontos, e cada ponto marcado é sempre uma vitória. E em sua trajetória, Marisa diz ter conseguido várias vitórias. “Quando abri meu ateliê, as casas em Vitória da Conquista não tinham obras de arte nas paredes”, relembra. “Eu mudei isso. E as pessoas passaram a colocar quadros na parede, não como mera decoração, mas como afirmação de um conceito”.  Por fim,  Marisa assegura: “Ser artista é ser sonhador, mas não só isso. A batalha é renhida, e é preciso ter muito sangue no olho para continuar”. Informações da Secretaria de Comunicação de Vitória da Conquista.


2 Respostas para “Marisa Correia em homenagem”

  1. PAULO PIRES

    Aos Conquistenses

    Justa homenagem a Marisa, sem dúvida, a personalidade feminina que mais trabalhou para projetar, disseminar as Artes Plásticas em nossa cidade.

    Os conquistenses se orgulham de sua filha ilustre e desejam ansiosamente por uma Exposição com obras exclusivamente dela.

    Parabéns aos Artistas Plásticos de todo o Brasil e especialmente aos Conquistenses no nome de Marisa Correia.

    Paulo Pires

  2. Edneilton Gomes

    Parabéns aos artistas plásticos pelo passagem do seu dia! Parabéns Dona Marisa Correia por seu trabalho e o merecido reconhecimento à sua importância nas artes! Sucesso!
    Com amizade,

    Nei – UESB

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