Foto: Blog do Anderson
Os moradores de Vitória da Conquista e de Belo Campo, começarão a enfrentar, a partir dessa terça-feira (15), o racionamento de água em todos os bairros dos municípios, informou na última sexta-feira a diretoria da Empresa Baiana de Água e Saneamento (Embasa). Em Vitória da Conquista, os bairros foram divididos em dois grupos, que alternarão dois dias com abastecimento normalizado, e dois dias de racionamento. Segundo a Embasa, a medida é necessária em razão do baixo nível dos reservatórios Água Fria I e II, que abastecem a cidade. A medida deve durar 75 dias, até o fim de julho, quando os técnicos da Embasa irão avaliar se os reservatórios possuem ou não condições de abastecer as cidades até o início da temporada de chuvas, em novembro. Desde abril, o governo do Estado suspendeu a licença para a captação de águas nos reservatórios da região para fins de irrigação, com o objetivo de reduzir o consumo, e garantir que a água disponível dure até o fim da estiagem de inverno. Segundo a Embasa, 57 cidades já estão ou iniciam nos próximos dias o sistema de racionamento de água, e outros 22 municípios correm o risco de enfrentar a falta de água caso não chova o necessário em maio. Informações do Blog do Anderson para o Terra. Confira aqui os calendários do racionamento.
Uma Resposta para “Começou o racionamento de água em Conquista”
Antonio Araujo
A situação calamitosa que chegou mais da metade dos municípios da Bahia se deve a falta de uma política estadual para os recursos hídricos. Embora a Bahia disponha de um Plano Estadual de Recursos Hídricos, esse plano não está sendo implementado, pelo menos a situação atual mostra isso. A gestão dos recursos hídricos, é uma competência do Governo Federal-quando a Bacia Hidrográfica é interestadual, e de competencia do governo estadual- quando a Bacia hidrográfica situa-se integralmente no estado. Um modelo de gestão de recursos hídricos, tal recurso deve ser gerido por um órgão específico, pois a gestão é executada em três eixos: A gestão da oferta(operação e manutenção das obras hídricas); gestão da demanda(necessidade dos usuários) e gestão de conflitos(interesses dos usuários). A gestão de recursos hídricos é complexa, o que justifica um órgão específico para implementá-la. Num modelo de gestão moderna, uma empresa de saneamento não tem a competência institucional para fazer o papel de gestora dos recursos hídricos já que a mesma é usuária do sistema.
A implementação da politica estadual de recursos hidricos depende fundamentalmenbte de vontade política, basta olharmos o exemplo da gestão desses recurso no estado do ceará.
Antonio araujo