Bar de Kerry: buchada, cerveja e resenhas…
Por Leonardo Tavares
Em Vitória da Conquista se faz presente essa agradável e tradicional cultura de bar. Existem aqueles em que somos obrigados a desfilar nossas melhores roupas, podemos fazer uma boa refeição e pagamos um pouco mais caro pela qualidade – também pelo status. Sapatos lustrosos e bochechas rosa com aquele ar de importância. E, claro, temos que sair antes de a bebida começar a fazer efeito. Seja a próxima parada ou o primeiro destino, todos são bem-vindos quando chegam às portas dos queridos botecos. Há quem se recuse a entrar. Há quem chame de nojento. Há também quem queria outro petisco se não a tripa de porco (com farofa). Mas não há quem não reconheça a atmosfera aconchegante que brota dali. Os freqüentadores, na maioria das vezes, não apenas freqüentam. Eles já são amigos dos garçons, trocam piadas com o dono, sentam-se na mesa como se estivessem na casa de sua mãe. Essa coluna é para lembrar desses queridos lugares e tem como intuito indicar para vocês iguarias, particularidades e amenidades encontradas por lá. E, no meio de tanto boteco bom, decidir fazer minha estreia no Diário do Oprimido com o Bar de Kerry. Se é para falar de iguarias que chamam minha atenção, não tinha como começar de outro jeito.
Saiu pra balada de sábado e rendeu ficar até as 6h? Foi para uma formatura, um show ou uma resenha na casa de amigos (essa é mais difícil render tanto) e quer dar continuidade ou fim descente? O Bar de Kerry é uma dessas opções.
Localizado na Rua do Alecrim, próximo a Confraria Etílica Orlando “Bracim”, o ambiente é simples e digno de ser chamado de boteco. Tem como dono, Kerry, de uma simpatia sem tamanho e vascaíno doente. Lá você será congratulado com, sem sombra de duvidas, a melhor buchada com mocotó de Vitória da Conquista, uma cerveja estupidamente gelada e, de quebra, uma pinga direto da roça.
Isso tudo junto com preços quase simbólicos e a possibilidade de encontrar pessoas oriundas de outras festas e desgarradas das mesmas que rendem como se não houvesse amanhã: policiais em final de ronda, taxistas no final de expediente (ou começando) a galera do baba (na ida ou na vinda), vizinhos que simplesmente acordam cedo, gente que acorda e vai tomar café (lê-se buchada) e volta pra casa são figuras fáceis e que fazem parte do domingo por lá.
Só tem um único problema, que é o que torna tudo isso ainda mais especial: a buchada é feita de sábado para domingo, apenas, e é servida a partir das 5 horas da manhã do dia do Senhor. Ah, quase esqueço, é feito apenas um caldeirão. A assiduidade de seus clientes e apreciadores é tamanha que corre o risco, sempre, de às 9:00hr da manhã não ter pra quem queira.
Bar de Kerry é um dos bons motivos para se acordar cedo no domingo ou estender mais um pouquinho o sábado à noite. Fica a dica.
Tavares 512
twitter.com/tavares_512
5 Respostas para “Butecando”
Rosalvo
Qualquer domingo desses acordarei cedinho e degustarei a tal buchada. kerry que me aguarde.
Janaina Botelho
Adorei a matéria! Afinal, tenho imenso orgulho de dizer que o dono desse bar é MEU LINDO E QUERIDO TIO! Amo muito ele e sinto uma saudade tão grande….!
Parabéns meu tio amado!
Janaina
Gardênia Messias
Esses dias passei por lá depois de uma noite daquela e a buchada foi como se eu tivesse levado uma paulada na cabeça, fui dormi e acordei novinha de novo!rs
Tiago
Sem contar com a prosa ruim do Maron e o fedor do banheiro.Rrsrssrrs
zaluir
EU JÁ VI REI E JÁ VI RAINHA, JÁ VI O PELÉ JOGAR, MAIS EU NUNCA VI UM LUGAR MAIS AGRADÁVEL DO QUE DO MEU AMIGO KERRY.