Rogério Minotouro: o nascimento de uma fera

Foto: Getty Images/Jon Kopaloff

Quem vê o lutador baiano Rogério “Minotouro” Nogueira, de 35 anos, no octógono, de guarda armada e olhos fixos nos movimentos do adversário tem dificuldade para imaginar que o gigante do Ultimate Fighting Championship já considerou a hipótese de ser um advogado e viver de terno e gravata, ajudando seus clientes a pagar menos impostos, em Vitória da Conquista, no interior da Bahia. Irmão gêmeo de Rodrigo Nogueira, o Minotauro, um dos maiores nomes dos torneios de vale-tudo de todos os tempos, Rogério demorou a tornar-se lutador profissional porque passou três anos na faculdade de direito perseguindo um sonho que não era seu, mas de seu pai. “Meu pai tinha planos para mim, para o nosso escritório de direito tributário em Vitória da Conquista. Isso pesava muito e me mantinha dentro da faculdade”, conta. Foram três anos na Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro, um dos mais tradicionais cursos de Direito do país. Durante esse período, nunca largou a rotina diária de treinamento. “No começo, eu estava muito interessado na faculdade, mas, com o tempo, o esporte foi falando mais alto”, diz Rogério. Dos três anos em que frequentou a Gama Filho, dois foram de ansiedade e indecisão. Rogério temia decepcionar a família, em especial o pai. Ao mesmo tempo, via a carreira do irmão florescer. Começou a viver a crise de ter de optar entre a advocacia, uma decisão mais segura e previsível, e a luta, um caminho incerto. Continue a leitura na Exame.


Os comentários estão fechados.