Marcelino Galo diz que foi eleito por seu trabalho e não descarta aliança com Valmir Assunção

Foto: Blog do Anderson

Em entrevista exclusiva ao Blog do Anderson, na última semana, o deputado estadual Marcelino Galo (PT), votado amplamente no Sudoeste Baiano no pleito de 2010, fez um relato de sua atuação profissional como engenheiro agrônomo e rebateu a fala de Valmir Assunção, quando esse afirma que sua frente no Movimento Sem Terra (MST) foi quem o elegeu. “Primeiro eu trabalho com MST há 30 anos. Ajudei a construir o MST no estado da Bahia. Fui superintendente do Incra, onde desapropriei 228 imóveis – o superintendente que mais desapropriou terras na Bahia. Fiz um trabalho sério, central da reforma agrária, que é desapropriar terra, então eu construí esse movimento tanto quanto os outros. Sozinho como agrônomo vistoriei mais de 48 imóveis, então eu estou ligado à história da reforma agrária desse estado”, pontua Marcelino Galo. Dados apontam que o parlamentar foi o superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) que mais desapropriou terras no governo Lula. “Isso é um processo de construção da reforma agrária que faz parte da minha vida, então esse acúmulo é que me elegeu deputado”. Galo foi questionado sobre o rompimento com a tendência petista Esquerda Popular Socialista (EPS). Em resposta, o parlamentar disse que está assumindo sua posição política no estado da Bahia e que não descarta uma aliança futura com o ex-companheiro, o federal Valmir Assunção (PT-BA). “Não existe fim de era, essa profecia não existe na política. O que existe é que no momento atual nós estamos atuando em várias frentes e que com certeza nada disso [o rompimento com a EPS] quer dizer que no futuro a gente não trabalhe junto”, declara Galo.  O deputado estadual petista ainda comentou sobre a participação de Sérgio Gabrielli no governo da Bahia e afirmou que o PT hoje tem vários quadros que podem substituir Wagner em 2014. “Acho que o PT tem um bom problema, que é ter muitos quadros preparados para ser o próximo governador, um deles é Gabrielli. Mas há vários, o PT tem hoje vários nomes, senadores, ex-prefeitos, não vou aqui citar nomes, isso é um bom problema, nós temos quadros, excesso de quadros bem preparados”, finaliza.


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