Itamari: MP e PF vão investigar esquema de compra de votos por prefeito

Foto: Antônio Saturnino

Junto com o nascer do sol, militantes políticos de Waldson Carlos Alves Menezes (PT), o Kçulo, prefeito e candidato à reeleição em Itamari, no Sul da Bahia, iniciaram foguetório, dando o tom de um dia tenso na cidade após a divulgação do vídeo que mostra o petista negociando por R$ 2 mil a compra de votos que o agricultor Fábio de Souza Lima diz controlar. Do outro lado, os aliados do candidato do PCdoB, Valter Nêgo, que continuam usando o flagrante como arma eleitoral. No meio da tensão, o Ministério Público, que ontem abriu investigação sobre o caso e pediu apoio à Polícia Federal. Carros de som que circulavam ontem na cidade davam a versão do prefeito para o vídeo exibido pela TV Bahia e para a matéria de capa da edição de sexta-feira do CORREIO sobre o caso. “Está passando o carro de som o dia todo, dizendo que os vídeos foram montados pela oposição e que, na verdade, eles estavam falando do aluguel de um carro”, conta o estudante Tayson Monteiro, morador da cidade. No vídeo, Kçulo faz uma metáfora para a compra de votos. “Por que a política é uma feijoada. O que é o feijão? O feijão é o voto. E o dinheiro é o tempero, os acessórios. Então, se você tem um trocado, a feijoada sai gostosa, cheirosa”. Na gravações, Kçulo dialoga com Fábio e oferece dinheiro em troca de apoio político. “Eu trouxe aqui 1.500 conto (sic) para inteirar os 2 mil”, diz o prefeito, que completa: “Em 15 dias eu te dou mais 2”. Mesmo com o flagrante evidente do vídeo, partidários de Kçulo não acreditam na veracidade das imagens. “A cidade está uma revolução. Esse cara (Fábio) que gravou não tem princípios. Kçulo é um cara de valor. Acho que foi montagem”, disse a comerciante Josenilda Félix da Silva. Quem também diz não acreditar é a dona de casa Elisângela Oliveira da Hora, moradora do bairro do Alto do Cruzeiro: “Kçulo é um homem direito”. Informações do Correio.


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