Koizas de Konqista

Divagando & Katilografando

Por Francisco Silva Filho

A velocidade com que as koizas se sucedem em Konqista é pra lá de, comparável à velocidade do som – exageros à parte. Quem vive em nossa querida cidade, no corre-corre do dia-a-dia não percebe, se percebe não que se meter (na prática jurídica seria se dar por intimado), para não se irritar como também se frustrar. Ainda bem que temos o valoroso André Cairo, sempre vigilante, uma voz ativa e defensora dos nossos lídimos interesses. Não tem bancada, apartidário, todavia um grande político; como bem deveria ser aqueles que foram eleitos para defender os interesses da população como um todo e não os interesses de alguns ou de alguma facção ou de sectarismo religioso. Valendo ou não valendo koiza alguma, eu concordo com o nosso menestrel. O nome de um logradouro seja ele qualquer traz na sua gênese um significado, o valor de uma história. Sabemos da importância que cada um de nós temos em nossa sociedade. Uns valem mais, outros valem menos e outros passam incógnitos sem contudo terem sido menos importantes.

Concordo em gênero, número e grau com o seu protesto a que se mude o nome da Praça Caixeiros Viajantes para o nome do líder religioso em nossa cidade Pastor Gerson Rocha. Acho que deva ter sim uma praça, uma rua ou avenida com o nome do pastor Gerson Rocha; por que não?

A nossa cidade que nasceu, cresceu e prosperou fruto de um entroncamento, teve na sua constituição inúmeros vultos, todos de grande importância para a nossa cidade, para a nossa região.

A Praça que ganhou o nome de Caixeiros Viajantes, homenageou de uma só vez todos aqueles que passaram por nossa cidade e com eles trouxeram em suas bagagens o progresso o nosso desenvolvimento; fizeram daqui um ponto de referência – digamos assim: uma capital dos seus negócios para aquela então próspera região.

Grandes nomes que aqui chegaram no início do século XX e adotaram aquele pequeno arraial em seu novo torrão; transformaram-na em sua mais amada terra; e assim o Arraial da Vitória adotou e albergou tão valorosos novos filhos, que constituíram família e fez da nossa pequena vila virar essa majestosa cidade.

A nossa história é rica; todavia, está ficando empoeirada e mofada em alguma prateleira de alguma biblioteca mal cuidada. O descuido disso pode ser creditado aos sucessores daquele que a criou.

Poderia fazer uma lista enorme de grandes caixeiros viajantes ou tropeiros que fincaram alicerces em nossa amada terra, entretanto, citarei o nome só de três deles por serem, por assim dizer, muito próximos de mim e de minha família; o primeiro deles foi o Senhor BORGES, dono da Casa York, pai do Elias Borges, outro foi Senhor TICO e o terceiro, eu não poderia deixar de citar foi o meu saudoso pai CHICO de SIBETO.

Não estou querendo defender o nome da praça porque o meu pai foi tropeiro ou caixeiro viajante, não, defendo-a pelo valor histórico que a originou, ali eles se reuniam, ali era o seu ponto de parada, o seu porto seguro.

Mas, se mal eu não faço ao perguntar, de quem foi a infeliz idéia de, há mais de vinte anos ter colocado naquela histórica praça aquele monumento ao índio? Só podia mesmo ser KOIZAS DE KONQISTA! – Com tantos lugares especiais onde se poderia muito bem lá ser erigido, foram colocar em lugar onde deveria sim, ter um monumento ao TROPEIRO ou CAIXEIRO VIAJANTE. Haja paciência!

Curitiba(PR)

21/09/2012


Uma Resposta para “Koizas de Konqista”

  1. Alice

    Por que se colocar nome de pastor numa praça? Coloque outro nome de uma pessoa de família tradicional de Conquista, será bem merecido. Da família Correia, da família Ferraz, da família Gusmão,da família Andrade, da família Carvalho, da família Silveira, da família OLiveira e outras.

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