Por onde irá a Saúde

Por Felipe Magalhães, médico

Acabei de chegar de um ato de apoio a candidatura de Guilherme e Joás na Casa do Médico (nada mais apropriado em se tratando de dois médicos). Pelos meus cálculos tinham pelo menos 50 colegas das mais diversas especialidades, dentre as duas centenas de pessoas presentes.  O que se observou foi que havia médicos da rede SUS tanto quanto da rede privada; se viam dos heróicos médicos dos PSFs a grandes empresários da saúde, denotando uma simbiose entre essas duas vertentes da assistência médica, sem nenhum vestígio do antagonismo que alguns insistem que existe.

E isso é o reflexo de todas as mudanças que o setor vem desenvolvendo nos últimos anos, com o um aumento na quantidade e na qualidade dos serviços médicos oferecidos a população de Conquista e sua micro região. Com municipalização da saúde aumentou-se a oferta de consultas e tratamentos na rede de atenção básica, na atenção especializada e na rede hospitalar pelo SUS. E como num ciclo positivo, aumenta-se a oferta, e aumentam-se ainda mais a demanda, e assim Conquista torna-se uma referência em serviços e saúde, e claro que o setor privado também é beneficiado.

É inegável o crescimento da medicina privada. Sem maiores estatísticas, basta observar a quantidade clinicas de especialidades, de centros médicos, de hospitais e consultórios. Tem dias que se vêem engarrafamentos de vans trazendo pacientes de toda a região, nas ruas que concentram os consultórios, como a Góes Calmon e a Otavio Santos.

Claro que ainda se tem metas a alcançar, como por exemplo , a ampliação da rede de prontos-socorros e aumento do número de leitos hospitalares; a valorização crescente do trabalho médico dos PSFs, e a intensificação a cada dia dessa interação entre o setor privado e a Secretaria de Saúde através de convênios e prestações de serviço.

Creio que esses foram alguns dos motivos que nos levaram, eu e os outros 50 médicos, a irmos nessa conversa de apoio aos nossos colegas candidatos.


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