José Nunes Neto
As eleições municipais de 2012 foram importantes para a oposição na Bahia, não somente pela reorganização do grupo no estado mas pelas vitórias de ACM Neto em Salvador e José Ronaldo em Feira de Santana, ambos pelo partido Democratas e pela surpreendente votação do candidato do PMDB em Vitória da Conquista Herzem Gusmão. Em Salvador e Feira o Democratas terá uma oportunidade de fazer de suas gestões verdadeiras vitrines para mostrar ao povo da Bahia que podem voltar a governar o estado no futuro. Os outros dois partidos da oposição que colheram dividendos neste ano, PSDB e PMDB, dão sinais que o grupo poderá ser mantido para as eleições de 2014. A oposição montou um trincheira nas eleições municipais e está conseguindo montar uma resistência que pode ser chamada de resistência democrática.
A oposição evita cogitar nomes e candidaturas para 2014, nesse momento ela busca consolidar sua votação, que demonstrou que, se atuar novamente de forma organizada passa a ter chances reais de voltar ao Palácio de Ondina. O PT conseguiu nominalmente muitas prefeituras porém a grande maioria tem baixa expressão eleitoral. Sua meta era vencer em Salvador, segundo principal objetivo nacional do partido (o primeiro era São Paulo). Em Feira de Santana o partido sabia que era quase impossível derrotar José Ronaldo, a ida de Lula à cidade não foi suficiente para evitar a derrota ainda no primeiro turno (em Salvador levaram também Dilma). Com essa vitória o prefeito eleito de Feira se transformou num liderança estadual incontestável, isso fará com que seu nome seja cotado para vôos mais altos, inclusive porque ACM Neto cumprirá seus 4 anos de mandato e partirá para a reeleição na capital.
O gol de honra do PT foi em Vitória da Conquista com a vitória de Guilherme Menezes. O partido enfrentou o PMDB de Herzem Gusmão aliançado com o PSDB de Claudionor Dutra, seu vice. Com uma candidatura sem recursos e com uma equipe jovem e voluntária a oposição provocou um inesperado segundo turno fazendo com que o PT elevasse o tom da campanha usando de recursos como a máquina pública, obras na véspera da eleição e discurso agressivo. Guilherme Menezes colocou seu caráter em xeque quando editou diálogos do candidato Herzem Gusmão descontextualizando seu sentido e sendo apresentado de forma truncada em carros de som pela cidade, o governo do estado agiu de forma semelhante na greve da Polícia Militar em fevereiro. A postura do prefeito reeleito manchou sua vitória. A oposição acusa o PT de excessos e recorre na Justiça.
Além da grande votação da oposição um outro fator marcou o pleito em Conquista, o surgimento de novos nomes no cenário local. Além de Claudionor Dutra, os nomes de Alcides Santana, que foi vice na chapa do PV, e Frederico Ferraz, que foi vice na chapa do PPS, demonstram que a renovação política de Conquista está em curso. O PDT também poderia ter tido um papel preponderante nesta eleição mas se movimentou de forma equivocada e se inviabilizou politicamente na cidade, vai precisar se reformular.
Em pouco tempo vão começar as especulações para eleições ao governo do estado, congresso e assembléia legislativa. O PT sabe que saiu fragilizado deste processo eleitoral e não vai querer permitir os avanços da Resistência Democrática, que certamente contará em seus palanques com o reforço de Aécio Neves e, talvez até, Eduardo Campos. Até o final de junho de 2014, que é o prazo final para oficialização das candidaturas, serão 1 ano e 8 meses, mas as próximas eleições poderão ‘começar’ muito antes do prazo oficial.
José Nunes Neto, estudante de Jornalismo da Uesb.
13 Respostas para “A Resistência Democrática”
Jairo
a oposicao tem que continuar lutando mesmo pra tirar esse PT ai
George
Resistência Democrática? Com exceção de Herzem e Claudionor Dutra que são dois aventureiros na política, essas figurinhas citadas no texto já estiveram no poder e não fizeram nada. O carlismo mandou 30 anos na Bahia e olhem os dados sociais da Bahia no período de poder dele, só ficava a frente do Piauí e Maranhão. O PT da Bahia é horrível, salvo o de Conquista, que é bastante democrático, porém, concordo com você, usou a máquina pública na eleição, um absurdo. É evidente que não teremos que escolher entre o PT e o DEM na BAHIA, o PC do B de Conquista tem surgindo bem, é uma aposta. Não dá para comentar Eduardo Campos e Aécio Neves, são um retrocesso, temos que pensar em políticos com visão social pois a economia vai bem.
Paulo
Como fala merda… “resistência democrática”? O Partido da Arena?! Ligar a Democracia a qualquer um da família Magalhães é uma contradição em termos.
Walmir Vieira
Um carlista nato só pode dar lhoas a seu partido acabado, o DEMo. Podem ruir, chorar, colocar na justiça, que é o modus operandi dos perdedores de Conquista, a história já conhece. Conquista não dobra os joelhos às trincheiras que já passamos. PT aí por mais, no minimo, 12 anos. Isso é fato e contra eles sem argumentos. O povo, até mesmo o de SSA, mesmo escolhendo errado sabe o que quer. No andar das carruagens eles mesmo saberão que, apesar de fraco politicamente o melhor seria Pelegrino. Adiante iremos e veremos oh carlista enrustido. A máquina mais usada em nossa cidade e a prova são as multas exorbitantes do candidato é a radio eleitoral usada por Herzen. Ele mesmo, o Boquita.Agora apareceu um Boquita II, Dilton Rocha, mais prosa ruim que a matriz.
Jam
Meu caro, esta invenção que teve edição é um tanto delirante. Hérzem fazia propaganda para Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista, rasgava elogios para Guilherme Menezes.
Alessandra Pinheiro
Colega,
No Curso de Comunicação da Uesb, não estão sendo mais discutidas questões de conteúdo? Nossa, seu artigo carece de aprofundamento sobre questões políticas. Outra coisa: cuidado com a concordância. A falta dela é admissível em textos orais, mas em um texto como seu , de fato,não fica adequado ” o democratas” , “o povo podem”.Cuide bem do conteúdo e da forma. Vc tem muito o que aprender ainda.
RONALDO MACEDO
Na eleição de 2008, Guilherme teve 56% dos votos, Herzem 30% e Esmeraldiino 13%, dizer que a oposição saiu fortalecida é tentar mascarar os numeros. A oposição não tem discurso nem credibilidade para ganhar em Conquista.
Maria Eduarda
Acho esse texto bem prosa!
Manoel
Pois é, mais a resposta da população foi dada, eu votei no candidato 15 no primeiro turno, mais após o debate do segundo turno, mudei minha opinião, até porque ele se mostrou muito mau assessorado, não respondeu perguntas fáceis do candidato 13, sujou as ruas da cidade com seus santinhos. Não sou muito de votar em legenda, mais o candidato do 13 estava muito bem preparado ao contrário do 15, só uma dica para a próxima eleição, busque assessores competentes e que respirem politica limpa.
Katia
É Simples, não sujem as ruas e contratem assessores competentes, ”Simples”.
Fabrício Falcão
Assessores melhores, só assim podemos vencer a próxima.
João Dantas
Que o meu candidato Herzem ganhe a próxima, mais esses assessores dele sujaram essa eleição. Fica a dica.
Viviane Lessa
Esse José Nunes Neto, é muito chato, foram um dos que sujaram a eleição e derrota do nosso candidato Herzem, não contrate mais esse cidadão.