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Ao lado do professor Alexandre Galvão Carvalho, os alunos da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), André Effgen e Lívia Sigliani, pesquisadores do Grupo de Pesquisa de Historiografia do Mundo Antigo (GPHAMA-UESB), estiveram presentes no “I Colóquio de História Antiga: Ensino e Pesquisa no Brasil” promovido pelo Laboratório de Estudos Egiptológicos da Universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro, que tem como fundador e líder o Prof. Dr. Ciro F. Cardoso, um dos maiores expoentes da egiptologia no Brasil. Os Uesbianos apresentaram no Colóquio os seguintes trabalhos:
Aspectos político-sociais da Reforma de Amarna
André Effgen (UESB)
Resumo: Com o auxílio da FAPESB (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia), o presente trabalho constitui-se em um passo inicial dentro da produção historiográfica sobre um período conhecido na Egiptologia como um dos mais controversos da história egípcia. Localizado historicamente dentro do Reino Novo (1550 – 1069 a. C.), o episódio de Amarna (1353 -1335 a. C.) éconhecido e estudado quase sempre pela perspectiva religiosa, de forma que a maioria dos pesquisadores acabam desconsiderando questões pertinentes à política e à economia em suas abordagens. Considerando o caráter monista do pensamento egípcio antigo observa-se que tais abordagens se mostram falhas, visto que o homem egípcio não distinguia em sua sociedade o campo religioso, do político, do econômico, entre outros. Em virtude disso propomos um novo olhar sobre o reinado do faraó Amenhotep IV/Akhenaton, em que se possa observar as particularidades da antiga sociedade egípcia afastando-se das concepções do homem moderno. O artigo inicia uma busca sobre as mudanças na elite egípcia sob a égide de Akhenaton buscando entender através da reciprocidade, enquanto dom oficial, o surgimento de um novo setor que veio a integrar este segmento da sociedade.
Palavras-chave: Egito Antigo, Amarna, Dom e contra-dom, Elites.
O Egito antigo e a economia de mercado: a perspectiva polanyiana sob a ótica de Jérôme Macourant .
Lívia Cristina de Souza Sigliani (UESB)
Resumo: A economia antiga era uma economia de mercado? Qual o significado da “economia de mercado”? Jérôme Maucourant levanta estas questões para a sociedade do antigo Egito, a partir de uma perspectiva polanyiana, debatendo com autores, como Bernadette Menu, que ele classifica de “neo-modernista”. A importância da sociologia econômica e antropologia para explicar a construção social dos mercados e sua inscrição nas relações de poder que estruturam a sociedade, além do papel da moeda na sociedade egípcia são abordados por Maucourant no debate com as tendências neo-modernizantes em Egiptologia. Procuraremos neste trabalho explicitar uma releitura polanyiana atual, no caso a de Macourant, e algumas “nuances” do debate entre substantivistas e formalistas.
Palavras-Chave: Egito Antigo, Economia de Mercado.