O destino do PSB é governar a Bahia

Poucos partidos no Brasil constituíram um patrimônio político que se iguale ao do Partido Socialista Brasileiro. Elve Cardoso

Vocacionado para o diálogo permanente e profundo conhecedor dos problemas do Brasil, o PSB tem um programa de governo consolidado em vários municípios e estados brasileiros e sua intervenção nas administrações públicas resultam, na grande maioria dos casos, em desenvolvimento social e econômico casado com transformações culturais. Silenciosa, mas consistentemente, o PSB vem provando, na prática, que a política é a verdadeira arte por meio da qual é possível promover as tão sonhadas igualdade, liberdade e fraternidade. Já disse, em artigo anterior, que o destino do PSB é liderar o Brasil. Na Bahia, o destino é o mesmo. As eleições municipais de 2012 mostraram que há uma onda socialista se projetando em nosso território, que há um movimento consistente e silencioso que vai desaguar na construção de uma Bahia socialista. Ao analisar o resultado do PSB na Bahia, vimos que houve um crescimento de 18 para 30 prefeituras, ou seja, 66,6% em relação às eleições de 2008, com sete prefeitos reeleitos, 27 vice-prefeitos e 203 vereadores em todo o estado. Importante polos regionais, como Amargosa, Caetité e Seabra, experimentarão ou continuarão experimentando o modelo socialista de governar.

Com a queda do carlismo, a Bahia despediu-se do modelo medieval de fazer política para experimentar a contemporaneidade. As velhas oligarquias, que dominavam o Estado com suas garras mesquinhas, aos poucos foram perdendo espaço para uma Bahia livre ou, como bem sugere o slogan do Governo Wagner, uma Bahia de Todos Nós. Esta nova Bahia, governada por partidos tradicionais de esquerda e por outros tantos que se aliaram ao projeto por sabê-lo melhor para a coletividade, tem a cara do PSB, que se apresenta como mais legítimo partido para a necessária alternância do poder.

Nenhum outro partido, na visão deste modesto analista, teria as mesmas credenciais que o PSB para assumir a liderança desse processo de transformação, renovando-o por dentro, oxigenando suas estruturas que estão a exigir cada vez mais diálogo e dialética. O PSB reúne as condições políticas fundamentais para assegurar que municípios como Cândido Sales – para citar apenas este exemplo –, que desde o dia 1 de Janeiro é governada pelo socialista Hélio Fortunato, integre a agenda política estadual, seja no campo dos investimentos públicos, seja no âmbito das intervenções políticas, abrindo novos horizontes às lideranças regionais que, a exemplo do próprio Hélio Fortunato, têm muito a oferecer com seu pensamento e suas ideias ao conjunto de transformações que não podem estar centrados em Salvador ou na Região Metropolitana.

Não restam dúvidas de que somente alianças alicerçadas no mais alto grau do espírito republicano poderão jogar novas luzes no cenário político e administrativo da Bahia. E não faltam às lideranças socialistas baianas compreensão de seu papel histórico dentro do projeto de esquerda que, desde 2003, vem transformando o Brasil no país das oportunidades. Assim, o PSB representa a vanguarda, mas uma vanguarda com fortíssima vocação para o diálogo e para a construção conjunta de uma nova Bahia, seja no Executivo, no Legislativo ou nos movimentos sociais.