Planalto: Para Cloves, avaliação de Dico é “precipitação infantil”

Foto: Blog do Anderson

O prefeito de Planalto, Cloves Alves Andrade (PT). não ficou nada satisfeito com as críticas que seu adversário político, o ex-prefeito Edilson Duarte Cunha (PP), popularmente conhecido como Dico, fez ao seu governo, em recente entrevista ao Blog do Anderson. Segundo ele, são apenas 45 dias de nova administração por isso é uma “precipitação infantil” fazer uma avaliação agora. O petista aproveitou para afirmar que recebeu a Prefeitura totalmente desorganizada, com veículos e máquinas dilapidados, bancos de dados corrompidos, salários dos servidores atrasados, telefones cortados e dívidas com a Empresa Baiana de Água e Saneamento (Embasa) que superam os R$ 100 mil. “Isso gerou dificuldades e estamos tomando pé da situação”, afirmou em entrevista  via telefone com o Blog do Anderson, na noite desta sexta-feira (16). Quanto à afirmação de Dico de que teria deixado mais de R$ 1 milhão em caixa, Cloves afirmou que se trata de recursos de convênio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e que grande parte das obras está bastante atrasada, com pouco mais de 10% de realização. “Não foi deixado nenhum centavo pelo ex-prefeito”, ataca Cloves, lembrando que o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) de dezembro, por exemplo, foi de R$ 1,2 e que os professores não receberam seus salários nesse mês, mesmo sendo a folha de pouco mais de R$ 600 mil. “Creio que houve desvio de finalidade, foi usado para outra coisa”, afirmou Além disso, o prefeito reclama que até hoje não recebeu de Dico o relatório de transição. “Já passou do prazo, mas eles pediram mais 15 dias para entregar”, lamentou. Sobre o protesto dos professores na Festa da Padroeira, no final do mês de janeiro, o prefeito Cloves esclareceu que eles reclamavam das correções feitas pelo governo na folha de pagamento pois a Secretaria de Educação percebeu que havia distorções, como gratificações indevidas, contrariando o Plano de Carreira. Quem estava recebendo indevidamente teve o corte no salário. “Uma quantidade pequena recebeu a diferença no pagamento, mas todos receberam de acordo com a lei”, justifica o impasse.