UESB: Reitor diz que a universidade deve ser independente de partidos ou correntes ideológicas

Fotos: Blog do Anderson

A mais de um ano das eleições para a Reitoria da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) foi dado partida a movimentação na última semana, mas depois de ser colocado como um possível candidato o professor Claudionor Dutra, presidente da Cooperativa Mista Agropecuária Conquistense (COOPMAC) voltou atrás e disse que o fato foi uma brincadeira. Em entrevista ao Blog do Anderson nesta segunda-feira (4), o reitor Paulo Roberto Pinto Santos disse que está trabalhando para cumprir os objetivos com pensamento de continuar a gestão da universidade, o que deu para entender o seu desejo em concretizar o seu segundo mandato. Confira a entrevista concedida no gabinete do Magnífico Reitor.

O senhor voltou a sua gestão para o fortalecimento dos cursos já existentes. Essa filosofia continua?

Exatamente. O que temos trabalhado dentro da universidade é traçar um planejamento para essa universidade no futuro, no ano passado trabalhamos dois documentos importantes que foi o Plano de Desenvolvimento Institucional, onde teve uma discussão com todos os professores, estudantes e funcionários da universidade e esse documento é que vai nortear o crescimento da nossa universidade nos próximos anos, e o Projeto Político Institucional. Dessa forma, nós estamos regularizando todos os documentos institucionais e trabalhando fortemente na questão da qualidade do ensino, consolidando os cursos de graduação, dotando os cursos naqueles que dependiam de melhor estrutura e projeto pedagógico adequado e desta forma nós temos melhorado os cursos e temos tido um trabalho muito forte na pós-graduação. A nossa universidade nos últimos dois anos cresceu de uma forma bastante acentuada com os cursos stricto sensu, que são mestrados e doutorados, então nossa universidade que tinha apenas um doutorado, já estamos com três doutorados próprios e atingimos a marca de 15 mestrados próprios. Dessa forma, estamos tendo uma universidade com maior força na pesquisa e com a produção desse conhecimento novo, dessa pesquisa, vamos fortalecer a nossa extensão dentro da universidade e aí forma aquele tripé: ensino de qualidade, pesquisa e extensão, esse é o fato em que estamos trabalhando e agora estamos fortemente voltados a melhoria da infraestrutura da universidade, estamos terminando alguns prédios que estavam para serem acabados nos três campi e lançando propostas de ampliação da nossa infraestrutura.

Brincadeira ou não, a eleição para reitor da Uesb foi antecipada, como o senhor observa essa movimentação?

É verdade. Hoje já estão citando candidaturas para eleição, que deve ocorrer daqui a um ano para frente, mas é natural. A universidade é uma universidade viva, muito participativa e há de surgir essas candidaturas. Nós temos um projeto para a universidade, naquilo que a gente pensa em onde essa universidade pode chegar e alcançar nesse projeto que é um projeto coletivo e vamos participar para que a gente possa cumprir essa missão.

Qual avanço ocorrido na sua gestão que o senhor destaca?

O avanço principal é na pós-graduação. O avanço que fizemos na quantidade de cursos de pós-graduação é um marco muito forte dessa administração. Segundo é a consolidação dos cursos existentes, que é dotar os cursos nas diversas deficiências que os cursos tinham, sanar esses problemas para que a gente possa avançar. Além dos documentos institucionais, você planejar a universidade para o futuro e agora temos um grande projeto que é melhorar a infraestrutura da universidade, estamos focado nesse objetivo.

Politicamente falando, o senhor acha que a universidade deve estar vinculada a algum partido político ou a alguma corrente ideológica?

Não. Eu entendo que a universidade é plural, cabe na universidade todos os pensamentos políticos e ideológicos, a universidade tem que ser democrática e estar aberta a todos aqueles que tem o seu direito de ter a sua participação política no partido que quiser, mas eu trabalho no sentido de que todos aqueles que possam contribuir para o crescimento e desenvolvimento da nossa universidade, nós vamos buscar, vamos dialogar no sentido de trazer benefícios para a instituição. Então, independe do partido, se eu tiver que ter o contato com deputados de N partidos, eu estou atrás para uma frente parlamentar em prol da universidade, dessa forma, a minha condução é na gestão da universidade plural.

O senhor acha que os assuntos da universidade estão chegando à comunidade tendo em vista a atuação da Rádio e da TV UESB?

A nossa rádio tem uma penetração maior. Eu tenho conversado com as pessoas e a todo momento a gente percebe pessoas dizendo das informações que recebem sobre a universidade e evidente que estamos aprimorando, a cada dia a gente tenta buscar programas que entrem nos lares e com essa informação de qualidade levando para as pessoas o que acontece dentro da universidade. Esse é o nosso projeto, fortalecer a comunicação da universidade com toda a população e também a televisão, que é um processo mais lento, mas nós também vamos conseguir isso. Por isso temos trabalhado para que essa gestão ela possa dar continuidade para que a gente possa atingir a missão e cumprir esses objetivos traçados pelo conjunto de professores, estudantes e funcionários.

E o senhor está no ritmo de reeleição?

Estamos trabalhando para cumprir os nossos objetivos e estamos com o pensamento de continuar na gestão da universidade para que a gente possa cumprir todos os objetivos que nós lançamos para a comunidade acadêmica.

Rech (José Luiz Rech, atual vice-reitor) como vice?

Estamos trabalhando e discutindo para ver o que a comunidade considera a melhor engrenagem. Rech com certeza faz parte dessa gestão e estará na nova gestão, como será a composição nós discutiremos com a comunidade, com o grupo de apoio para determinar como será o futuro da candidatura nossa.