Cerimonial Público, ame-o ou deixe-o

Carla Andrade

Foi na gestão de um militar, segmento que atribuo bastante destreza nos ritos cerimonialísticos, que tudo começou! Em 1972 o presidente Emílio Garrastazu Médici, sempre preocupado em passar uma imagem positiva do seu governo, aprovou as normas do cerimonial público e a ordem geral de precedência, que hoje tem um grande significado para quem desenvolve trabalhos da área nos poderes executivo, legisltivo e judiciário, em atividades de cunho religioso, político e social. A palavra cerimonial vem do latim cerimonialis – relativo às cerimônias, as quais sempre seguiram formalidades, regras, etiquetas e protocolos. É fato que existem muitos impasses e dúvidas acerca da sua execução em instituições governamentais, mas se o classificarmos como “atividadade técnico-administrativa para as organizações poderemos ter destaque para a sua execução  “em todas as questões protocolares de ordem cívica e social, como o uso correto dos símbolos oficiais, a disposição de ordem de precedência em solenidades e cerimônias oficiais, a padronização no emprego de procedimentos protocolares, a normatização  da redação na correspondência oficial, e o cerimonial de audiências e visitas de autoridades e personalidades ao Município”.

Com recentes 41 anos completados, a regulamentação da atividade do cerimonial no Brasil, contendo todas as diretrizes, está no decreto nº 70.274 de 9 de março de 1972, com isso percebemos que não há mais lugar para amadorismos, é preciso deixar o improviso de lado e começar a desenvolver um trabalho de excelência no Cerimonial Público, a fim de que alcancemos um nível adequado à gestão de atividade tão nobre.

Abaixo uma situação inusitada, relatada pelo colega Ricardo Carlini.

Os vereadores da Câmara de um município do interior do Espírito Santo estavam tão eufóricos com a chegada da informática que não titubearam: mandaram imprimir convite para a solenidade de descerramento da placa. O problema é que a placa em questão era a placa-mãe, guardiã das informações e coração dos sistemas de computadores.


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