Foto: Blog do Anderson
A humanidade tende a definir como belo não somente aquilo que agrada aos olhos, mas também o que gostaríamos de ter. Num mundo globalizado, padrões de beleza, determinados por editorais de moda, telenovelas, celebridades, entre outros, tornam-se cada vez mais rígidos e inalcançáveis. E nessa seara pelo corpo perfeito, muitos homens e mulheres se rendem a promessas de fórmulas mágicas, como o uso de anabolizantes e medicamentos veterinários. Este método, aparentemente inofensivo, pode causar consequências arrasadoras para o organismo de seus usuários. Foi o que aconteceu com cinco jovens conquistenses que fizeram uso de uma substância, ainda não confirmada como esteroide, sem nenhuma indicação médica, nessa semana. Segundo relato de dois deles, além da falta de orientação, os jovens suspeitam que foi compartilhada a mesma seringa para aplicar o produto direto no músculo (o que garante uma absorção mais rápida), expondo-se ainda ao risco de contrair doenças contagiosas. A aplicação foi feita por um instrutor na academia frequentada pelo grupo. Os nomes dos envolvidos e da academia não foram divulgados.
Não se sabe ao certo quanto tempo depois da aplicação os efeitos colaterais começaram a aparecer. Entre as queixas apresentadas estão queda no estado geral, aparecimento de edemas, dor local intensa, formigamento, abscessos e rigidez muscular. Dos cinco, três já foram liberados e os demais permanecem internados na Santa Casa. Segundo a equipe que acompanha dois deles, no Hospital São Vicente de Paulo, o quadro é estável. Mas, um enfrentou o risco de amputação dos braços e outro, uma mulher de 21 anos, ainda inspira cuidados intensivos. Apesar de não correrem risco de morte, ambos poderão sofrer sequelas como cicatrizes ou pequenas deformações locais.
Riscos não calculados
Os esteroides anabolizantes são drogas indicadas a pacientes que, por algum motivo, apresentam déficit desse hormônio. Porém, a maior parte dos usuários utiliza com o objetivo de aumentar a força física e a massa muscular. Um estudo da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), aponta que, no Brasil, aproximadamente 0,3% da população entre 12 e 65 anos já fez uso destas substâncias pelo menos uma vez na vida. Entre estudantes de Ensino Médio e Fundamental, esta taxa sobe para 1%. Os estudos mostram que o consumidor preferencial fica na faixa etária de 18 a 34 anos de idade e, em geral, é do sexo masculino.
Informações: vOcevê Assessoria de Comunicação
2 Respostas para “Jovens seguem no hospital após injetarem anabolizante em academia de Conquista”
José Orix
É preciso que se diga os nomes da Academia e do “instrutor”, a imprensa tem que fazer o seu papel completo!
Luiz
O que eles tomaram não e anabolizante de uma olhada nesse site eles explicam a diferença do ADE e anabolizantes =D
http://www.hipertrofia.org/blog/2009/10/16/efeitos-colaterais-do-ade/