O “TV Folha” deste domingo (16) foi às ruas acompanhar as manifestações contra o aumento da tarifa de ônibus na cidade de São Paulo. A jornalista Giuliana Vallone, atingida no olho direito por uma bala de borracha disparada por um policial durante manifestação na quinta-feira passada relatou como foi atingida. “Eles já tinham mirado em mim outras vezes. Jamais achei que ele fosse atirar”, diz. Além de Giuliana, outros 14 jornalistas foram atingidos por policiais enquanto realizavam a cobertura das manifestações –seis são da Folha. Segundo o colunista Gilberto Dimenstein, a manifestação é uma resposta ao “vandalismo metropolitano”. Para ele, a educação, a saúde e o transporte não funcionam como deveriam. “Com a polícia não poderia ser diferente”. Para o colunista Luiz Felipe Pondé, as manifestações estão revelando um “saudável hábito de reclamar das coisas” –processo esse, considerado lento e trabalhoso para o também colunista Contargo Calligaris, “porém é um projeto de melhoria econômica do país”, afirma. O vereador de São Paulo e ex-capitão da Rota Conte Lopes (PTB) defendeu a ação da polícia durante os protestos. Para ele, a Tropa de Choque “não foi feita para dialogar”. De acordo com o coronel da PM Reynaldo Simões Rossi, a atuação da PM não admite excesso de conduta de seus pares. “Não houve nenhum interesse em impedir a cobertura jornalística”, alegou.
‘Jamais achei que ele fosse atirar’, diz repórter da Folha atingida durante protesto
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