“Ela deu uma estagnada e precisa melhorar”, afirma Ademir Abreu sobre a Saúde em Conquista

Médico de formação, ex-diretor do Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC) onde atua como cirurgião, o vereador Ademir Abreu Magalhães (PT), presidente da Comissão de Saúde no Legislativo Conquistense, é um dos defensores do Sistema Único de Saúde (SUS) e da vinda de médicos do exterior como suporte no atendimento de milhões de brasileiros que não estão tendo acesso aos serviços médicos. Em entrevista ao Blog do Anderson, na última sexta-feira (12), Ademir falou sobre a atual situação do setor em grande parte do Brasil. “No meu ponto de vista, eu acho que existe a falta de médico. Eu acho que o Brasil precisa de mais médicos, principalmente para trabalhar no serviço público. A gente sabe que as condições de trabalhos não são as ideais, mas isso não justifica deixar de funcionar determinado serviços por falta de profissional, sendo que o governo tem como trazer outros profissionais para poder trabalhar e dar assistência à população. O mais importante é a assistência à população. É claro que a gente tem que fazer um movimento. A gente sabe que as condições de trabalho estão ruim, precisa melhorar. A questão da gestão da saúde é precária, é muito deficiente, precisa ter mais recursos do Governo Federal. Mas precisamos ter médico para servir à população. Eu acho a medida da presidenta e do ministro da Saúde muito acertada”, declarou.

Para o petista, as recentes manifestações “está impulsionando o país para as melhorias na assistência social, de um modo geral”. Vitória da Conquista teve reconhecimento nacional no principio do Governo Participativo, quando o secretário de Saúde da Bahia, Jorge Solla, era o gestor da Saúde na Capital do Sudoeste Baiano, mas na visão de Ademir Abreu ela deu uma estagnada. “A saúde teve uma melhoria com a municipalização grande. Mas essa melhora não progrediu da forma que foi esperada. Ela deu uma estagnada e precisa melhorar. Um dos motivos que estagnou foi que não pôde expandir a Saúde da Família e dar assistência a toda população. E uma das causas disso é questão da falta dos médicos, para trabalhar dentro da equipe da Saúde da Família”, pontuou. “Os pacientes reclamam, porque para marcar uma consulta no posto de saúde é demorado. Muitas vezes não tem o profissional para atender. E outras questões do encaminhamento. Às vezes demora muito para fazer um exame, para fazer uma cirurgia. Mas, a gente sabe que a saúde é complicada. Porque, mesmo um país desenvolvido, tendo uma saúde aberta para a população, passar por dificuldades. E a gente sabe que o orçamento para a saúde é um orçamento grande, porque a saúde é cara, mas precisamos sempre melhorar. O governo tem tomado decisões no sentido para que a saúde possa melhorar”, afirmou. Contrário a dirigentes sindicais, Abreu tem a convicção “que o governo não está chamando o médico para trabalhar passando por cima das decisões das categorias do nosso país”. “O ministro Alexandre Padilha, está deixando bem claro, vai contratar primeiro médicos brasileiros, vai contratar os médicos estrangeiros apenas nos lugares onde não está conseguindo colocar médico brasileiro para trabalhar”, completou.