A História nos mostra que, no passado, a expansão das cidades se dava a partir da localização das igrejas católicas. Desta forma, as ruas e avenidas não obedeciam a nenhum padrão de engenharia ou arquitetura. Nossa cidade não fugiu a essa regra. A metrópole começou a crescer ao redor da catedral, localizada na atual Praça Tancredo Neves. Dali, surgiram a Rua Grande, o Beco Sujo, a Rua do Juazeiro, Rua do Espinheiro, Rua das Flores, Rua das Sete Casas, Rua da Boiada, Rua do Tanque. A rua era denominada de acordo a alguma atividade preponderante no logradouro. Assim, a hoje Praça Vitor Brito era, antes, chamada de Praça do Jenipapo, já que ali havia muito jenipapo plantado. O atual CEASA, por seu turno, era a Baixa da Égua, pois ali havia uma manga onde os animais se alimentavam. No passado a nomenclatura das ruas não era usada para homenagear pessoas ilustres, mas tão somente para indicar o que seria ali encontrado, facilitando a situação dos conquistenses da época. Como o uso de automóveis e ônibus como meios de transporte era, à época, impensável, a abertura desses logradouros não estava comprometida com o futuro. Aptas à circulação de pessoas e carroças, não havia grande preocupação, por exemplo, com a largura das vias.
Hoje em dia, a circulação de veículos é matéria primordial para a abertura de novas vias. Entretanto, mesmo com as leis que regulam as construções de novos logradouros urbanos, o poder público insiste em improvisar, adiando o problema para os gestores futuros. Com o crescimento assustador da quantidade de automóveis particulares nas cidades, torna-se necessária a construção de avenidas expressas, com largura superior a 14 metros. Em Vitória da Conquista, a prefeitura ainda não atentou para esse detalhe importante. E não há um planejamento para construção de novas avenidas, visando o crescimento da cidade em termos de quantidade de residências, estabelecimentos comerciais, escolas, população e o famigerado automóvel. Com isso, a cidade está cada vez mais tensa e o cidadão com a qualidade de vida cada vez pior.
A implantação do Anel Rodoviário Jadiel Matos visou a retirada do tráfego de veículos pesados do miolo da cidade, ou seja, da antiga avenida Presidente Dutra, que seria integrada ao tráfego urbano. Alguns a chamaram, justamente, de Avenida da Integração.Dez anos após surgiram bairros além do Anel Rodoviário, necessitando urgentemente de intervenções ao longo da rodovia, uma vez que à OESTE existem os bairros Campinhos, São Pedro e parte do Zabelê, notadamente Senhorinha e Miro Cairo, e já há um empreendimento imobiliário preparado para além desses bairros em direção à cidade de Anagé; ao SUL, os bairros Aírton Sena, Jardim Valéria, parte da Patagônia, Espírito Santo, o Reserva Imperial com 1200 casas de alto luxo; ao SUDESTE, o bairro Primavera, bem como o Alphaville com 1034 casas de luxo e não há até agora nenhuma avenida projetada para dar vazão ao aumento do tráfego e de pessoas, acompanhando esse desenvolvimento urbano.
A construção do novo Aeroporto, a implantação do porto seco, a implantação do CEASA às margens do Anel rodoviário (SUDOESTE), a construção de um terminal para veículos oriundos da Zona Rural e de cidades vizinhas, são intervenções que viriam melhorar a mobilidade urbana. Principalmente porque o centro da cidade é tomado por ônibus, vans, caminhões que utilizam as vias públicas como estacionamento, ali permanecendo por longos períodos, tornando a vida do conquistense um verdadeiro caos, haja vista que esses espaços, por serem públicos, teriam que obedecer a uma rotatividade para que todos se beneficiassem. Por isso, insistimos na construção de estacionamentos públicos para melhorar a mobilidade urbana. Com um custo relativamente baixo aos cofres públicos, poderiam ser aproveitadas a área do bosque da Paquera e a área do Amendoeiras onde há uma plantação de Eucaliptos no prolongamento da rua 10 de novembro. Seguramente seriam retirados do centro da cidade cerca de 2.000 veículos. Estas áreas pertencem à Prefeitura Municipal que mantêm as plantações nefastas de Eucalipto, para evitar a invasão da área. A Prefeituta poderia, agora, diante desse problema urbano, dar a esses terrenos uma destinação mais adequada. Tornando assim a vida do Conquistense um pouco melhor. Já no Centro da cidade, poderia a Prefeitura Municipal construir, diretamente ou através de Parceria Público Privada, dois estacionamentos subterrâneos e esses seriam explorados comercialmente: um na praça Barão do Rio Branco, inclusive já há um projeto pronto, elaborado pelo ex-prefeito José Pedral; outro estacionamento subterrâneo poderia ser construído na Praça da Bandeira, considerando inclusive, a construção do shopping popular que abrirá mais de cem pontos comerciais na área. E por fim o aproveitamento como estacionamento público de parte da área do DNIT, no prolongamento da Avenida Brumado, o que facilitaria em muito a mobilidade urbana em Conquista, estas soluções devem se antecipar a chegada de mais de 60 mil veículos prevista para os próximos dez anos. O povo da cidade por certo viveria muito melhor.
2 Respostas para “Estacionamento público: Uma necessidade urgente”
elso rios
Este cara ná vive em Conquista ou vive?
Dimas Ferraz
DISCORDO ! o que Conquista precisa urgentemente é de um sistema publico de transporte e PROIBIR que e carros circulem pelas ruas do centro, não tem cidade que aquente receber toda a produção automobilística do pais. Carro cada vez mais facil de ser adquerido, e a cidade pronta – não dá certo – FORA CARROS DO CENTRO !