Renato Luz
No mundo afora, a cidade é dada a designação de configuração geopolítica mais próxima das pessoas. Por isso, a luta dos cidadãos – e especialmente de classes – tem como palco principal a cidade em que vivem. É na cidade que as pessoas moram, não na união, nos governos estaduais, como lembrava o político paulista Franco Montoro. Por isso é também a partir das cidades e de sua população que são encontradas soluções para os problemas do cotidiano.
O modelo de planejamento e gestão da cidade a ser pensado para as próximas décadas tem a tarefa de compor um sistema que efetiva a cooperação entre União, Estado e Município e especialmente a sociedade civil organizada como ferramenta de controle social na articulação das várias políticas urbanas – como habitação, saneamento, transporte e mobilidade urbana, e planejamento territorial urbano.
As cidades, especialmente as metropolitanas, estão se tornando espaços insuportáveis de se viver. Nesse aspecto, o cidadão consciente imbuído de seus direitos tem papel estratégico na transformação das cidades em espaços que verdadeiramente garantam qualidade de vida aos seus moradores. O cidadão tem nessa nova conjuntura o desafio de agir e propor soluções para os problemas de hoje e do amanhã e não mais se satisfazer restritamente com o exercício do voto.
Nos dias atuais, já se tornou lugar-comum afirmar que grande parte dos problemas urbanos decorre da falta de planejamento ou mesmo da omissão quase completa do Estado. Contudo, o mercado imobiliário e os interesses privados têm forte poder na correlação de forças exercida nas disputas pelo espaço urbano, apropriando-se das áreas mais bem dotadas de infraestrutura, serviços e equipamentos urbanos. Como a oferta de habitação popular pelo Poder Público tem sido historicamente insuficiente, os pobres têm que recorrer a mecanismos informais, como ocupações ou aquisição de terrenos em loteamentos irregulares.
Nesse contexto, ganha destaque em todo o país, a discussão do Direito á cidade a partir do Estatutos das cidades, que reafirma a função social da propriedade e da cidade, estabelecida pela Constituição. Além disso,o Estatuto reconhece também o direito à cidade como um direito fundamental para todas as pessoas – sem discriminação de classe, gênero, idade, raça, etnia e orientação, seja ela política, religiosa ou sexual.
Nesse sentido é fundamental que as políticas de desenvolvimento econômico e de investimentos privilegiem a distribuição de renda e ampliação da oferta de empregos, com remuneração digna e preservação dos direitos sociais e trabalhistas;
e fortaleçam as dinâmicas da economia popular através de políticas de acesso a crédito, de capacitação e apoio à comercialização.
Vitória da Conquista hoje – pensar global, agir local – A realidade que se observa no nosso município como cidade média, é de um espaço urbano em constante movimento, em expansão, especialmente na malha imobiliária, substituindo nossa arquitetura primitiva por ares metropolitanos, vide edifícios de muitos andares visíveis em todos os cantos da cidade. Porém, a velocidade desse movimento é que por muitas vezes preocupa, no sentido de não marginalizar nossas periferias e nossa população pobre, que por vezes figura apenas como personagem de mão de obra barata.
Em Vitória da Conquista, assim como em todo o país, o Programa Minha Casa, Minha Vida ativou a cadeia produtiva, beneficiando milhares de familiares com o sonho da casa própria. Em paralelo com esse ciclo, um forte compromisso com o desenvolvimento sustentável da nossa cidade, fez com que fosse realizado o maior planejamento de obras em ciclovias de todo o estado, atendendo o objetivo de interligar todos os pontos da cidade a partir de suas principais avenidas, contribuindo para evitar e reduzir congestionamentos e outros problemas da tão discutida mobilidade urbana.
Pensar a cidade exige nesse aspecto, significa articular a implantação de paraciclos e bicicletários , expandir o número de rotas cicláveis e promover a interligação dos trechos para possibilitar que os ciclistas se desloquem na cidade através dessas vias.
As intervenções urbanas que o novo ciclo de desenvolvimento econômico e social de Vitória da Conquista desenham para os próximos anos, a partir de investimentos estratégicos como a criação do novo aeroporto e da implantação do Shopping popular colocam o município em um patamar privilegiado em todo o nordeste. Vitória da Conquista, a maior cidade universitária do interior do nordeste se consolida como pólo de serviços, educacional e de saúde do estado da Bahia.
Uma Resposta para “Vitória da Conquista: desafios e perspectivas”
Adelson
pois é meu caro… creio q o crescimento da nossa cidade nos últimos anos n tem sido acompanhado por obras de mobilidade urbana, o nosso trânsito por exemplo é caótico e muitas avenidas do centro já deveriam ter sido duplicadas a muito tempo, elas foram construidas p/ uma cidade q na época era movida por carroças, ridículo por exemplo é imaginar q passam veículos dentro do terminal de ônibus, isso já deveria ter sido proibido a muito tempo, no mais esperamos q as coisas melhore.