O Tempo na Política: Um jogo de Xadrez

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Renato Luz

No xadrez, a noção de tempo refere-se a um movimento. Quando um enxadrista alcança um objetivo em um movimento a menos do que o esperado, ele “ganha um tempo”, e vice-versa, ao alcançar um objetivo utilizando um movimento a mais do que o previsto, ele “perde um tempo”. Similarmente, caso um enxadrista seja bem-sucedido em forçar seu oponente em gastar turnos a mais – comumente em defesa – que ele não teria originalmente feito, o jogador “ganha tempo” (e seu oponente “perde tempo”), visto que o oponente desperdiça turnos

Como no Xadrez, a Política tem dessas nuances. A política está na vida do povo, todo ano, todo dia, a todo tempo, é tempo de política, A política é sobretudo participação, é luta, é mudança diárias no que aflige o povo no seu cotidiano, isto é, o alimento, saúde, educação, moradia, terra, trabalho, segurança.  Por isso defendo que os campos populares ocupem os espaços institucionalizados da Política, afinal só quem dependeu dos serviços do Estado em todas suas esferas, sabem a necessidade de avançar na melhoria  dos serviços.

Na corrida eleitoral, o tempo exerce um papel de destaque. Quando um candidato se precipita, ou demora a se lançar como candidato, o prejuízo no pleito pode ser definitivo. Isto ocorre porque nos dias de hoje, em uma sociedade midiática que desencadeiam em eleições cada vez mais caras, para vencer uma eleição é necessário aglutinar uma série de forças em uma série de lugares diversos. Nas eleições proporcionais (legislativo), os candidatos locais estão  sendo substituídos pelos candidatos “glocais”, haja á vista que para a população não basta se identificar territorialmente com um candidato, mas também com os eixos temático que o candidato apresenta como suas bandeiras no exercício do mandato.  É nessa característica,  de construção de uma identidade e de aglutinação de forças que o tempo da política é cruel, e não admite vacilar.

  Torcemos por uma reforma política ampla e justa. A política não é só dos políticos, mas direito e dever de todas as pessoas participar da política e por meio dela exercer a cidadania. quem não atua politicamente deixa de ser cidadão ou cidadã, consciente e responsável.

*Renato Luz é jornalista, pós graduando em Gestão do Marketing Estratégico e candidato a vice-presidência do PT em Livramento de Nossa Senhora. Em Vitória da Conquista é da diretoria do Clube Conquistense de Xadrez e membro do Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente.


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