Alguém morreu em Vitória da Conquista

Ivalmar Garcez Dantas JuniorIvalmar Garcez Dantas Junior

E não me refiro a Robert de Almeida, acusado de ter cometido uma série de estupros violentos na cidade e encontrado morto no último domingo. A morte de Robert será sentida por sua família e por seus amigos, como sói acontecer. Famílias e amigos costumam julgar os seus mortos sem a ferocidade com que o fazem os desconhecidos ou os inimigos.

Mas a morte é um fenômeno natural na vida humana. Todos que nascem se sujeitam a essa regra infalível e democrática. No mesmo dia em que Robert morreu, outros conquistenses também perderam suas vidas e foram, imagino, lamentados somente por sua família e seus amigos.

Não é a essa morte que me refiro. Não é à interrupção da vida de um homem específico que eu dedico essas linhas, por mais trágica, impactante e cinematográfica que ela possa ser.

Algo mais sucumbiu àquele tiro disparado na tarde de ontem. A essência da nossa cidade foi baleada gravemente. A Vitória da Conquista de aparência amigável e clima gelado foi ferida de morte. Alguém morreu!

A exemplo do que ocorreu com os municípios de Sobradinho e Remanso em meados de 1970, a antiga Vitória da Conquista foi submersa. Desapareceu, sob águas escuras, a cidade que comportava a pracinha dos patos e pombos, de inverno insistente e de gente que se vestia exageradamente bem pra qualquer ocasião.

Desapareceram os “loucos” famosos, que perseguiam quem lhes gritasse o apelido. Acabaram-se os passeios tranquilos de carro no domingo, esvaziaram-se os bancos das praças, assim como as ruas à noite.

Sobre os escombros da velha cidade, surgiu a autoproclamada metrópole, paraíso da construção civil, do ensino superior e do franchising. De outro lado, a nova cidade – grande demais para se submeter ao autocontrole social – tornou-se um terreno fértil para crimes e condutas repreensíveis de todos os tipos.

O caso Robert é emblemática nesse aspecto. Culpado ou inocente, ele reflete tudo aquilo que Vitória da Conquista nunca deveria ter se tornado: uma cidade onde o estupro, a violência e a morte já não são lamentados, senão pela família e pelos amigos.

Em um filme, aprendi que “na guerra, a primeira vítima é sempre a inocência”. Eis aqui o principal cadáver produzido em nossa cidade. Tombou vitimada pelos animalescos estupros nas estradas vicinais, pelos assaltos e tiros nas lanchonetes, pelo consumo de drogas e pelos abusos de menores, mas ninguém chorou sua morte.

É a ela que me refiro.

Alguém morreu em Vitória da Conquista. Morreu a inocência da cidade.


57 Respostas para “Alguém morreu em Vitória da Conquista”

  1. Ipiau

    Metrópole? É um louco vivendo um devaneiio

    • Lucas Breve

      Ele usou uma figura de linguagem, cara! Por favor, né? Todo mundo sabe que conquista não é uma metrópole, mas ele quis chamar a atenção pois a vida aqui tem sido como em uma metrópole sim, e das piores. A quantidade de homicídios, por exemplo, aqui tem sido maior quem em São Paulo. Faltou discernimento pra sua interpretação aí.

  2. Carlos Eduardo

    Dr. Ivalmar me desculpe mas morte natural? Todos que nascem estão sujeitos a essa regra infalivél? Inocente? Doutor me desculpe mas ele tirou sua própria vida. Ele que se condenou sumariamente e confessou seus próprios crimes, e relatou que não conseguiria viver com eles. Sabe do respeito que lhe tenho, mas, não concordo com o nobre amigo.

  3. Maria Eunice

    Parabéns pela escrita e pela essência do seu texto, Ivalmar. Nós nos identificamos com esse sentimento descrito por você.
    Abraços de Lore e tia Nice.

    • Silvia Patricia

      Muito boa o texto, não criminalizou ninguém, simplesmente esqueceu de colocar que a perda da inocência da cidade é devida pela falta de políticas publicas essenciais, segurança pública não é somente armar a policia, é muito mais.

  4. Alberto Nobrega

    Parabéns! Disse o que VITÓRIA DA CONQUISTA precisava ouvir…

  5. Norma Célia

    Parabéns, Ivalmar, por tão real e linda reflexão. Nascí e morei em Conquista e também lamento muito ver no que ela se transformou. Estava sendo tão doloroso viver trancada onde antes andava por todos os lugares na minha monark vermelha, onde aos domingos meu avô nos levava para piqueniques nos seus arredores, que resolví mudar para outra cidade onde já ameaçada, mas que ainda existe essa inocência. Parabéns de novo!

  6. leonesio

    Concordo que a inocência está morta mas, não é de hoje faz tempo, vemos isso nas atitudes nas ruas no trânsito, no medo dos jovens, dos pais etc. Cada um de nós tem a responsabilidade de fazer algo contra isso.

  7. Luana Rocha

    Muito bom texto! Concordo e compartilho do mesmo pensamento. E acrescento ainda: esquecem das dores das vítimas, dessas famílias que foram destruídas, não vivem mais, apenas sobrevivem…cheias de medo, angústia, culpa!

  8. Olga

    Ivalmar, descreveu muito bem uma triste realidade… sinto saudade de minha cidade amada e quando busco saber sobre ela, como quem busca sobre um ente querido, fico triste, é como se a Conquista que conhecia estivesse pedindo socorro…. muito triste.

  9. Thiago Caires

    Que texto ótimo. Eu moro fora de Conquista a uns onze anos já, mas todos os fins de ano eu visito a cidade e realmente pude perceber a morte da inocência, não apenas com a morte desse rapaz, mas pouco a pouco. A cidade da minha infância já não existe mais. =/

  10. nieta lopes

    Nossa!!!!! Parabéns, Ivalmar!! Belo texto em que toda a verdade foi dita.Foi-se o tempo em que pudíamos andar andar seguros em nossa cidade,sem temor algum.Sinto saudades do meu tempo de crianças onde meus pais,avós e tios colocavam a cadeiras em frente da casa e ficavam tranquilamente conversando e eu e meus primos brincávamos ao redor da praça que tinha na Lauro de Freitas.Muitas saudades!!

  11. Igor

    Sábias palavras Dr., parabéns.

  12. evandro

    show de bola, muito impactante a msg, parabéns….

  13. Silva

    Me desculpe cara, mas a morte de um covarde não merece um poema. (e sim, eu entendi as entrelinhas de sua historia)

    • Carolina Sousa

      A violência já está imperando sobre a cidade há bastante tempo. Desta vez os envolvidos foram da classe média, por isso tanta repercussão. O suicida deve ter ficado com medo da prisão, sabendo como são tratados os estupradores por lá. Covarde até o fim. Covarde desde os estupros, quando colocava arma na cabeça das mulheres para conseguir fazer o que maleficamente queria. Foi-se um perverso. Isso é importante relembrar.

  14. Carlos

    Parabéns, até que em fim, em vez de ficar dando notícias ruins com prazer, alguém da imprensa se lembrou que não é só os familiares de quem morre é que perde, mas toda nossa sociedade. É nossos filhos e netos que não conheceram e nem irão conhecer mais esta Conquista que você descreveu, pois a falta de caso dos poderes públicos que não se preocupam em preservar o bem esta da população.Mais uma vez
    parabéns

  15. Esmeraldino Correia

    Parabéns Ivalmar.

    Nossa cidade cada dia morre, esta terrível morte da indiferença, com a famigerada aceitação social da violência! Estamos calados e recolhidos em nossos espaços privados. Homens e mulheres não se encontram mais na praça pública, para a construção saudável do convívio social.

  16. Silvia Almeida

    Texto MUITO BOM, realidade LAMENTÁVEL.

  17. Marian

    Parabenizo o Ivalmar pela forma como colocou sobre as mortes ocorridas na nossa cidade. E quero aqui registrar que lamento as mortes violentas que ocorrem todos os dias em Conquista, a violência que hoje impera mata nossa confiança no ser humano, mata nossa liberdade de ir e vir em segurança, e principalmente, mata nossa esperança de ver dias melhores…

  18. Mara Porto

    Para enfrentar as mortes nossas de cada dia e preciso que haja gente que consiga falar delas com o lirismo do poeta e a firmeza do observador sensivel e consciente. Que artigo lucido e tocante! Lamentamos muito mais que a inocencia perdida, porque, junto com ela, acabamos perdendo a nos mesmos! Parabens, Ivalmar pelo lindo texto!

  19. Daniela

    Belíssimo texto!!!! Lamentável realidade…

  20. maria Licia Brito

    realmente a Conquista do café morreu mesmo!.e tbém a Conquista dos urubus na cidade.onde vergonhosamente andava entre nós. A Conquista do seu Pedral do seu Murilo Mármore.Graças a Deus essa Conquista faleceu. e em ressureição nasce uma nova Conquista.Parabéns prefeito Guilherme por hoje eu me orgulhar e dizer sou de VITÒRIA DA CONQUISTA.Não ignorando as grandes corrupções no qual o PT bem como outros partidos ao londo dos anos vem comentendo.mas! diante dessas situações o Senhor Guilherme é uma pessoa singular.e fez da nossa Conquista,uma Conquista.

    • Antenor

      A cidade foi fundada sobre muitos cadáveres e sangue, muito sangue. De índios, principalmente. Lembro-me que daqui se dizia que rivalizava com Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, em número de assassinatos a mando dos coronéis. Quando aqui cheguei em 1971 a cidade ainda era calma na aparência, e muita gente fechava os olhos e fingiam não ver as injustiças em volta.
      É claro que à medida que a cidade cresce a violência também cresce. Isto já é esperado e encarado como normal. Mas em compensação a inocência vai ficando para trás, pois cada vez mais as pessoas se conscientizam de sua cidadania e não se deixam enganar pelos saudosos dos tempos em que podiam explorar a população sem sentir o mínimo remorso, seguros da impunidade.
      Presenciei a queda de muitos poderosos, e um dia os manda-chuvas só serão uma lembrança remota.

    • swell

      QUEM FALOU DE POLÍTICA ATÉ AQUI? ME DESCULPE,MAS A SENHORA SE EQUIVOCOU NO TEXTO,ENTÃO DANDO ENFASE,POLÍTICO NENHUM PRESTA NEM O SEU QUERIDO GUILHERME MENEZES NEM MUITO MENOS OS OUTROS CITADOS,TODOS SÃO LOBOS FEROSES SOURRATEIROS,QUE ANIQUILAM A SUA ALEGRIA DE VIVER COM SUPER IMPOSTOS E DEDICAÇÕES IMPAR.
      SOU FILHO DA TERRA E COM CONVICÇÃO DIGO A MESMA,PRECISAMOS É DE DEUS,PORQUE ESPERAR POR POLÍTICOS TAIS COMO!!!!!
      VÁ NA AFRICA E VEJA QUANTOS ESTÃO MORRENDO DE FOME NESSE EXATO MOMENTO QUE A SENHORA E EU JOGAMOS COMIDA NO LIXO.
      O ASSUNTO AQUI NA VERDADE É:INOCÊNCIA PERDIDA,INFELIZMENTE A DROGA,PROSTITUIÇÃO,O CANIBALISMO URBANO IMPERA SOBRE NÓS.

  21. Eduardo Moraes

    Parabéns pelo inquietante texto.
    Bem que paralelo ao necessário desenvolvimento econômico. A sociedade organizada deveria se antecipar exigindo dos gestores públicos que para cada edifício ou conjunto residencial erguido, como contrapartida melhore acessibilidade e mobilidade das pessoas, que se construa ou equipe as praças já existentes para que o povo possa passear e jogar conversa fora, contribuindo assim para a construção coletiva da tão almejada paz social. Vitória da Conquista é hoje uma cidade com perspectiva de crescimento acelerado pelo menos por mais 15 ou 25 anos. Enquanto se eleva a melhoria da renda e inclusão de milhares de pessoas no consumo, pouco ou quase nada se induz para a melhoria da qualidade de vida dos incluídos. Limitamo-nos hoje apenas as praças Tancredo Neves e Praça da Juventude. Do lado Oeste da cidade todo o lazer concentra-se nos bares, lanchonetes e pizzarias da Avenida Frei Benjamin. Até parece que estamos todos a contemplar o admirável mundo novo do egocentrismo e consumismo, onde obter sobrepõe ao ser.

  22. monica

    lindo texto.trite e verdadeiro nao a mais inocencia em nossa amada cidade!!!

  23. luiz aldo

    Texto legal, só não entendi porra nenhuma do que o autor quis dizer. Ele era amigo da vítima?? ou foi vítima da vítima, me explique por favor

  24. Márcia Ferraz

    Esse é o preço do “progresso” desvairado da humanidade.

  25. Gilmar Dantas

    Conquista foi descrita já no século XIX como local agressivo e perigoso, onde se concentravam homens belicosos, grosseiros e violentos, com punhais na cintura e em busca de confusão. E o povo vem dizer que a cidade perdeu a inocência agora?

  26. emerson

    so nao acho a morte um processo democratico….
    mais mataram Vitoria da Conquista c a pior das morte…

  27. Marcio Souza

    nada a ver, voce deve de tava noiado quando escreveu isso

  28. Adenilson Cunha

    Uma reflexão válida! Claro! Contudo, saudosista e ingênua. Não temos uma Conquista do passado, temos uma Conquista de presente e futuro, com todas as mazelas que infelizmente o rápido desenvolvimento sem planejamento causa. É ponto de partida para pensarmos em deixar o pensamento provinciano e se imaginar cosmopolita, com todo o preço que se paga para ser.

  29. Alessandra

    Parabéns o seu texto nos fez refletir muito e nos mostra as grandes transformações que o desenvolvimento trás e com ele o aumento da criminalidade.

  30. Emerson

    Sinceramente, esse é o típico discurso coitadista da esquerda que prefere tecer louvores e inocentar estupradores e criminosos, ao invés de se solidarizar com as vítimas desse maníaco. Ele não é vítima do meio, das condições econômicas e da ordem política vigente. Ele estuprou porque quis, se matou porque quis e seguiria cometendo crimes se não tivesse sua vida interrompida por si mesmo.

    • Bruno Gomes

      Larga de burrice, mano! Ele não disse nada disso que vc falou aí não! Você que leu e interpretou tudo errado. Ele nem entrou no contexto do suicídio. Aff.. Lê direito as coisas antes de criticar pra não sair de burro.

    • Joana D'arc

      Isso aí MERSÃO, DISSE TUDO!

  31. Henrique Castro

    Parabéns pelo texto – um dos melhores que já li aqui! Acho que deveria ter uma coluna, pelo menos semanal neste espaço.

  32. Henrique

    Parabéns pelo texto – um dos melhores que li por aqui! Acho que merece uma coluna, pelo menos semanal neste espaço.

  33. João Matheus

    Parabéns pelo texto!! Muito bem escrito e representa o sentimento de muitos conquistenses em relação à nossa cidade. Não se questiona no texto a morte de forma impactante desse homem, que isento-me julgar culpado ou não(isso não cabe a mim), e sim a morte da tal “inocência” que vivia em nossa cidade. Hoje temos medo de sair à noite com os amigos, temos medo de ir pagar a conta na lotérica, temos medo de chegar tarde em casa… enfim, temos tido medo na nossa cidade.

    Mais uma vez, parabéns pelo texto!

  34. João Paulo Almeida

    Viva ao progresso! A violência e a criminalidade são apenas alguns dos efeitos colaterais que a moribunda sociedade tem sentido ao tomar o remédio do desenvolvimento. Após anos morando em cidades cada vez mais violentas, confesso ter enxergado este como mais um caso corriqueiro, digno de um chamado no Balanço Geral. Contudo, este texto me fez parar e lembrar que se trata da cidade onde nasci e cresci, a qual não mais estou reconhecendo, que me gera estranheza ao ver a aflição dos amigos que ainda moram por ai e que me dão bronca quando percebem que ando pela cidade achando que vou encontrar o “cuiudo”, aquele palhaço de pernas de pau que se retava ao ouvir este nome, ou fico nas esquinas das ruas do bairro que morei à procura de um bom papo altas horas da noite. É isso, a cidade cresceu mesmo!!!

  35. Rafael

    O estupro não é um mal exclusivo dessa época. Pode crer que acontecia muito enquanto vcs faziam piquenique no parque, passeavam de carrinho no domingo, jogavam biriba na rua e sei la mais o que. O progresso da cidade não tem culpa da existência de gente pervertida com comportamentos doentios. E que inocência é essa que eu nunca vi nesses 30 anos de Vitória da Conquista?

  36. Caio Barbosa

    Esse cadáver já fede faz é tempo…

  37. clerisson pereira

    De fato Ivalmar, e infelizmente essa perda não só de Conquista, mas inclusive, de cidades menores da região e o pior, poucos estão chorando essas mortes.

  38. Pietra

    Disse tudo sobre Vitória da Conquista… e tem muito tempo que sai daí. Só me restam essas lembranças, das ruas cheias !

  39. Margarida

    Conquista é uma cidade provinciana, de valores preconceituosos e machistas. O tal controle social, que pareceria algo inocente, não é. Por isso, acho bom que a tal “inocência”, eufemismo para hipocrisia e crueldade sociais, se percam o quanto antes. Não é por ser estuprador que alguém é condenado, mas por ser uma mulher solteira, por ser gay, por não ter religião, por não ser cristão… Por aí vai. Os verdadeiros bandidos, os estupradores, esses são perdoados. Quem simplesmente é o que é, não. Estamos sempre expostos a que os vizinhos revirem nossas vidas e encontrem meios de nos prejudicar. Mentalidade provinciana, fofoqueira, de quem não tem o que fazer e vive cuidando da vida alheia, causando pequenos sofrimentos quotidianos a quem não satisfaz o modelo formatado que se espera. Esta cidade tem sido cruel com todos os que são são diferentes e com os que vêm de fora para trabalhar aqui, para trazer benefícios a esta cidade.

  40. Itarantim

    Parabéns pelas colocações sei que muitos não entenderam a mensagem, mas sei do que está falando.Entendi que a cidade deixou de ser a quela pacata cidade onde podíamos andar a noite sem medo de ser roubado ou estuprados, onde era uma cidade quieta sem muito roubos uso de drogas enfim, com todo as e diversos crimes que acomete a cidade e este país, mas também entendo que esse foi o preço do progresso, agora só falta o estado fazer seu papel que lhe é de direito.

  41. Afranio Garcez

    Parabéns meu querido sobrinho Ivalmar. Sua crônica revela o outro lado de uma metrópole que cresce a passos largos, mas que porém se esqueçe dela própria e do ser humano, e principalmente a falta de DEUS nos humanos seres. Se o “de cujus” citado era culpado ou não por algum delito, não cabe a mim julgá-lo. Devemos sim é julgar e lutar contra prejulgamentos, contra a intolerância e a falta de humanidade. Abraços.AFRANIO GARCEZ.

  42. Bruno

    É claro que entendo o motivo do texto e a angústia, no entanto é um sentimento atrasado e já vivenciado por muitos outros que conhecem melhor, não só nossa cidade, mas todo nosso país. A virtude e os valores implícitos no texto estão se perdendo cada vez mais com a falta de orientação (educação), as pessoas são negligenciadas de tal forma que não se sentem parte do Brasil, mas sim usurpada por ele. Enquanto esse sentimento existir, esse sentimento de abuso, enquanto reformas como política e tributária não forem feitas, haverá uma forte tendência a corrupção e quem sabe até perca de controle.

  43. Carolina Sousa

    A violência já impera na cidade há bastante tempo. Constantemente as notícias de morte estão sendo veiculadas, mas, como nem sempre se referem a gente conhecida, as pessoas não se sentem tão “abaladas”. Desta vez os envolvidos foram da classe média, por isso tanta repercussão. Na verdade, é absurdo se levantar a possibilidade de inocência, só porque a covardia foi maior: as provas que a polícia levantou são contundentes. O suicida deve ter ficado com medo da prisão, sabendo como são tratados os estupradores por lá.
    O cara foi covarde até o fim. Covarde desde os estupros, quando colocava arma na cabeça das mulheres para conseguir fazer o que maleficamente queria. Foi-se um perverso. Isso é importante relembrar.
    Agora é lutar por uma cidade mais segura, tanto para a classe média quanto para os moradores da periferia e os cidadãos mais vulneráveis.
    Devemos nos indignar, com todos os atos de violência, e não com este suicídio de um covarde.

  44. Maristela Santos

    Inocência nesta cidade, só se for a do autor.
    O próprio nome da cidade já atesta a violência histórica de sua fundação, pois a “vitória da conquista” ocorreu com a morte dos índios daqui.
    Recentemente, a violência já impera na cidade, mas muitos olhos não a enxergam. Constantemente as notícias de morte estão sendo veiculadas, mas, como nem sempre se referem a gente conhecida, as pessoas não se sentem tão “abaladas”. Desta vez os envolvidos foram da classe média, o bandido era gente de família considerada, atuava no SAMU e era casado com uma médica. Provavelmente estes são os motivos do choque do autor do texto. Na verdade, parece absurdo que se levante a possibilidade de inocência do suicida, só porque a covardia foi maior: as provas que a polícia levantou são contundentes. Se fosse inocente teria lutado para mostrar isso. Mas as provas o denunciaram. Há um ano que a polícia vinha investigando esses estupros, até que conseguiu as provas necessárias para decretar a prisão. O suicida deve ter é ficado com medo da prisão, sabendo como são tratados os estupradores por lá.
    O cara foi covarde até o fim. Covarde desde os estupros, quando colocava arma na cabeça das mulheres para conseguir fazer o que maleficamente queria. Foi-se um perverso. Isso é importante relembrar.
    Agora é lutar por uma cidade mais segura, tanto para a classe média quanto para os moradores da periferia e os cidadãos mais vulneráveis.
    Devemos nos indignar, com todos os atos de violência, e não com este suicídio de um covarde.

  45. Renan Lacerda

    Bacana, Ivalmar! Saudades, amigo. Abraço!

  46. clayton roque rebouças Delabie

    Boa interpretação!!

  47. Yuri Farias

    Que texto, análogo a um dardo acertado na marca central, um tom que evoca a tempos bons e saudosos da Nossa Terra! Lutemos pois por nossa cidade cultivando e mantendo a nossa cultura e costumes…

  48. V.Conquista

    belíssimo texto

  49. Dária Rodrigues

    A verdade é que as pessoas estão perdendo o amor pela vida. Precisamos voltar ao primeiro amor.

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